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Grupo Hells Angels proibido na Holanda

29 mai, 2019 - 16:17 • Redação, com agências

O juiz justifica a decisão com a “necessidade de proteger a população” do grupo Hells Angels, que também está na mira da justiça em Portugal.

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O grupo motard Hells Angels, conhecido por envolvimento em crimes e ataques contra rivais, foi proibido na Holanda. A decisão foi tomada esta quarta-feira por um tribunal.

“Os atos de violência são frequentemente tão graves e causam tanto alarme social que podem ser considerados em contravenção à ordem social”, considera o tribunal de Utrecht.

O juiz justifica a decisão com a “necessidade de proteger a população” do grupo Hells Angels, que ainda pode recorrer da decisão.

O Ministério Público holandês tinha pedido a proibição da organização mortard devido a centenas de incidentes registados no país, nomeadamente o assassinato de rivais, tiroteios, tráfico de droga e posse de armas.

O grupo também tem sido protagonista de um caso mediático em Portugal. Em março do ano passado, cerca de 20 motards do grupo invadiram um restaurante no Prior Velho, concelho de Loures, distrito de Lisboa, para atacar o grupo 'Red&Gold', criado pelo radical de extrema-direita Mário Machado. Os dois grupos rivais entraram em confrontos dentro do estabelecimento comercial, com facas, paus, barras de ferro e outros objetos.

Este episódio de violência levou a PJ a deter os primeiros 58 elementos do grupo de motociclistas Hells Angels em Portugal (a que se somou um outro na Alemanha).

Os suspeitos estão indiciados, na sua generalidade, da prática de associação criminosa, homicídio qualificado na forma tentada, roubo, ofensas à integridade física graves, ofensas à integridade física qualificada, detenção de armas proibidas e tráfico de droga.

Em janeiro, o Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa declarou a especial complexidade do processo para poder ter mais seis meses (até 18 de julho) para deduzir a acusação, dilatando assim o prazo da prisão preventiva.

O grupo Hells Angels existe em Portugal desde 2002 e, desde então, tem sido monitorizado pela polícia.

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