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​Rangel discreto na arruada do Chiado. Rio optou pelas lojas de lingerie

23 mai, 2019 - 18:53 • Susana Madureira Martins

A caravana do PSD percorreu em passo rápido a zona da baixa em Lisboa até ao Terreiro do Paço, com o cabeça de lista Paulo Rangel a ficar várias vezes para trás e o líder do partido descontraído a desvalorizar as sondagens.

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​Rangel discreto na arruada do Chiado. Rio optou pelas lojas de lingerie - Reportagem de Susana Madureira Martins

Paulo Rangel e Carlos Moedas, o mandatário do PSD às europeias que surgiu pela primeira vez no período oficial de campanha, ainda esperaram 20 minutos pelo líder do partido para arrancar a arruada. Quando Rui Rio chegou a coisa começou a andar rápida, foi preciso abrandar um pouco o passo para tudo não acabar depressa demais.

Descontraído e sem gravata, o líder do PSD foi entregando panfletos e fez questão de entrar em tudo o que era loja de lingerie, chegando mesmo a dizer que "dificilmente vamos ver uma loja mais bonita". E quando saiu de outra, ao fundo da rua do Carmo, repetiu a graça dizendo que quando passa numa loja de lingerie dá "logo publicidade". Tinha "um só postal" que guardou para quando "houvesse uma loja de lingerie", já que "não podia entrar de mãos a abanar numa loja de lingerie, como deve calcular", rematou.

A Juventude Social Democrata (JSD) seguia animada, com a presença da presidente Margarida Balseiro Lopes e muitos cânticos. Havia uma banda de jazz a tocar, mas não estava muita gente. A caravana manifestamente não era muito longa e, só para dar um exemplo, andava-se pela rua Garrett rumo à rua do Carmo sem quaisquer atropelos.

Rangel, Moedas e Rio seguiam sempre juntos, com segurança apertada e muitos encontros com estrangeiros, ingleses, alemães, brasileiros, sendo esta zona da cidade um local turístico e a um deles disse mesmo várias vezes em inglês "I'll be the next prime-minister in Portugal", o próximo primeiro-ministro em Portugal.

Rio foi diversas vezes abordado pelos jornalistas, respondeu a todos, sem se esquivar, mas visivelmente incomodado com as sondagens que dão o PSD atrás do PS, lembrando o seu próprio passado de candidato à Câmara do Porto e à liderança do partido: "a primeira vez e a segunda vez e nas internas para o PSD davam o meu adversário a ganhar em todas as sondagens", rematando com um "já podiam ter deixado de brincar às sondagens".

Paulo Rangel ia discreto, muitas vezes ficando para trás, Rui Rio seguia sempre bem-disposto naquela que foi a sua primeira descida do Chiado ao Terreiro do Paço.

No Porto diz que fez "muitas" e sobre esta nem sabia dizer muito bem como estava a mobilização. "Deixe-me olhar para trás para ver melhor", respondeu à pergunta sobre como achava que estava tudo a correr e que "dá um bocado de trabalho contar um a um".

A caravana também apanhou queixas pelo caminho, exemplo de uma senhora que disse que o PSD "obrigou as pessoas a emigrar", com Rio a dizer que "é uma ideia que fica nas pessoas, mas que não é verdade" e que para mudar isso só "o tempo, as pessoas não vão lá porque nós dizemos é através de uma prática diferente".

Questionado sobre que leitura vai fazer de um eventual mau resultado das eleições, Rio não tem outra resposta: "a leitura a fazer sobre as eleições será feita no domingo e na segunda, não exatamente hoje". Provocador, chegou mesmo a dizer que a resposta em “politiques” é que vai" ganhar de certeza" e que nem pensa "nisso", ou seja, nem pensa em perder.

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