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Europeias 2019

Rangel dá "importância relativa" a sondagem que dá PS à frente do PSD e diz-se "otimista"

17 mai, 2019 - 23:19 • Lusa com Redação

Sondagem dá 36% para o PS e 28% para o PSD. O BE, a CDU e o CDS-PP surgem quase empatados nas intenções de voto. Os bloquistas com 9%, comunistas e centristas com 8%.

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O cabeça de lista do PSD ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, disse nesta sexta-feira dar “uma importância muito relativa” às sondagens, declarando-se “francamente otimista” quanto aos resultados, face ao rumo da campanha.

“Quanto às sondagens, é dar-lhes uma importância muito muito relativa. O PSD já teve boas sondagens e depois maus resultados e já teve bem melhores resultados do que sondagens”, disse Paulo Rangel, à entrada para um jantar com militantes na Guarda.

Uma sondagem realizada pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) e pelo ISCTE para o Expresso e para a SIC dá 36% para o PS e 28% para o PSD. O BE, a CDU e o CDS-PP surgem quase empatados nas intenções de voto. Os bloquistas com 9%, comunistas e centristas com 8%.

Questionado pelos jornalistas, Paulo Rangel declarou-se “francamente otimista”, acrescentando em seguida que “quanto ao otimismo, é como com as sondagens, há que relativizá-lo”.

Ao fim de cinco dias de campanha oficial, Paulo Rangel fez um “balanço muito positivo” destacando uma “dinâmica muito construtiva” com os “militantes muito motivados” e recusou que haja necessidade de “mudança” na campanha.

Em termos de distribuição dos resultados da sondagem por lugares no Parlamento Europeu, o PS poderia chegar aos oito ou nove lugares (disputando mais um do que tem hoje); o PSD entre seis e sete (também disputando mais um do que conseguiu em 2014), o BE conseguiria dois lugares (mais um também), enquanto o CDS-PP estaria entre o lugar que hoje tem e os dois (que representariam um regresso ao mandato anterior).

A CDU poderia ficar com um ou dois eurodeputados apenas, face aos três que tem neste momento. A sondagem foi realizada entre os dias 22 de abril e 03 de maio e os dias 07 e 12 de maio. No total foram contactadas 5.216 pessoas, tendo respondido 1.605.

"Não podemos tolerar os fumos constantes de corrupção"

O cabeça de lista do PSD às europeias considerou hoje intolerável a ideia de que o país "esteve por mais do que uma vez entregue à corrupção", e acusou Costa de admitir cortes nos fundos europeus “por oportunismo eleitoral”.

Numa intervenção num jantar-comício na Guarda, Paulo Rangel chamou a atenção para uma prioridade dos sociais-democratas, o combate à evasão fiscal e à corrupção, apontando que há estimativas que apontam que a perda de receitas a nível comunitário com estas práticas “ronda um bilião de euros, sete orçamentos anuais da União Europeia”.

"Não podemos tolerar os fumos constantes de corrupção. Não podemos tolerar o que esta semana vimos em revistas e jornais: a ideia de que este país, tal como muitos países na União Europeia, esteve por mais do que uma vez entregue à corrupção, de que há esquemas - uns muito complicados e outros relativamente menores - de tentar retirar recursos públicos para enriquecimentos privados ilícitos e inaceitáveis”, acrescentou.

Para o candidato, é a corrupção que "tem posto em causa o próprio prestígio, a idoneidade da classe política".

"Temos de pôr travão à corrupção para reabilitar a política e a classe política”, defendeu.

No que diz respeito aos fundos, Rangel aproveitou as declarações do secretário-geral do PS, António Costa, que hoje afirmou em Coimbra que se baterá "até ao último dia" para melhorar a proposta de fundos comunitários para Portugal, frisando que enquanto tudo não estiver acordado, nada estará acordado nas negociações com Bruxelas.

“Hoje mesmo, o primeiro-ministro António Costa veio desmentir e desautorizar o candidato ao lado do qual figura nos cartazes, Pedro Marques: veio reconhecer em Coimbra que nos fundos de coesão há cortes e até prometeu lutar contra esses cortes. Há cortes ou não há cortes? O PS tem de se decidir”, afirmou Paulo Rangel.

Para o eurodeputado do PSD, “isto é oportunismo eleitoral” e “um atestado de menoridade passado ao seu candidato”, acusando Pedro Marques de ter feito “toda a sua campanha” acusando os sociais-democratas de “falsidades” a propósito dos fundos europeus quando diziam que haveria cortes na ordem dos 7%.

Como habitualmente, Rangel terminou a sua intervenção com um apelo ao voto no PSD contra “as habilidades” de António Costa.

“Nós queremos um país governado com serenidade e que não faz golpes de teatro nem jogadas oportunistas, em que se troca o que se disse durante meses para ver se se conquista mais uns votos”, afirmou.

Antes, numa intervenção mais longa do que a do candidato, o líder da distrital da Guarda do PSD e candidato em quinto lugar na lista europeia, Álvaro Amaro, alertou que a campanha vai entrar na última semana.

“Muita coisa pode mudar, e eu acho que muita coisa vai mudar”, afirmou, prometendo que a Guarda será “o seu farol” no Parlamento Europeu.

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