Tempo
|
A+ / A-

Francisco Moita Flores acusado de cinco crimes

16 mai, 2019 - 15:03 • Agência Lusa

Ex-autarca de Santarém é acusado de três crimes de prevaricação e dois de participação económica em negócio.

A+ / A-

O Ministério Público (MP) acusou o antigo presidente da Câmara de Santarém Francisco Moita Flores por três crimes de prevaricação e dois de participação económica em negócio, anunciou esta quinta-feira o Departamento de Investigação e Ação Penal de Évora.

Segundo uma nota publicada na página da internet do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, o MP "deduziu acusação para julgamento por tribunal coletivo contra o ex-presidente da Câmara Municipal de Santarém e um antigo funcionário daquele mesmo município, pela prática, em coautoria, de três crimes de prevaricação de titular de cargo político".

O antigo autarca é ainda acusado da prática de dois crimes de participação económica em negócio.

O Ministério Público, que não indica na nota os nomes dos arguidos, revela que os crimes foram praticados entre 2009 e 2011, no âmbito do exercício das respetivas funções, "delas se aproveitando o arguido". Moita Flores foi presidente da Câmara Municipal de Santarém entre 2005 e 2012.

De acordo com a acusação, os factos praticados pelos arguidos estão relacionados com a realização de obras em instalações da antiga Escola Prática de Cavalaria de Santarém.

"Por um lado, tais obras não foram precedidas de procedimento contratual e, por outro, o ex-presidente da Câmara assinou documentação correspondente a uma cessão de créditos da empresa construtora a um banco, nos quais vinculava o município a pagar duas faturas emitidas pela construtora, nos valores de 300 mil euros e 200 mil euros, sem que as despesas em causa correspondessem a qualquer cabimento, compromisso ou decisão de adjudicação. Isto a fim de viabilizar pagamentos à construtora que se encontrava a realizar as obras e uma vez que os mesmos não podiam ser efetuados diretamente pelo município", refere o DIAP de Évora.

O inquérito foi dirigido pelo Ministério Público do DIAP Distrital de Évora, que, na investigação, foi coadjuvado pela Polícia Judiciária de Lisboa.

Decorre ainda o prazo para que os arguidos possam requerer a abertura de instrução, fase facultativa que visa decidir por um juiz de instrução criminal se o processo segue e em que moldes para julgamento.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    17 mai, 2019 09:58
    Arthur Schopenhauer (1788-1860): «A riqueza influencia-nos como a água salgada. Quanto mais bebemos, mais sede temos». E Agostinho de Hipona (354-430): «um Estado que não se regesse segundo a justiça reduzir-se-ia a um grande bando de ladrões»…

Destaques V+