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Europeias 2019

Pedro Marques e a campanha à espera de sair à rua

14 mai, 2019 - 01:17 • Susana Madureira Martins

O cabeça de lista do PS às eleições europeias faz questão de garantir aos jornalistas que já fez "muita rua" nos últimos três meses, mas a primeira semana de campanha oficial faz-se sobretudo dentro de portas.

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A campanha só agora começou, mas é notória a necessidade de Pedro Marques explicar aos jornalistas que não se esconde da rua, ataque frequente de Paulo Rangel do PSD, com o cabeça de lista a pedir mesmo aos jornalistas que vão às redes sociais como forma de comprovar que "a campanha tem sido forte e positiva".

Perante a insistência dos últimos dias dos jornalistas, Marques repete a fórmula de que já fez "muita campanha de rua nos últimos três meses" e que já deu "duas ou três voltas ao país". E também perante a insistência dos jornalistas nesta questão, à última da hora foi acrescentada para esta terça-feira uma acção em Évora, em plena praça do Giraldo às primeiras horas da manhã.

Mas a verdade é que, por exemplo, o primeiro dia oficial de campanha do número um da lista do PS não registou contacto nenhum com populares ou anónimos. Tudo decorreu em ambiente controlado e onde o candidato se sente como peixe na água: a visitar o sector social, creches e lares na cidade da Guarda.

E, segundo o próprio confessou aos jornalistas, isso vai continuar, com Pedro Marques a considerar que esse é o seu sector, onde exerceu funções como secretário de estado da segurança social nos governos de José Sócrates.

Pouca rua e muito Costa

A campanha muda do dia para a noite quando o secretário-geral do PS aparece em cena. A caravana galvaniza e a organização tratou de por António Costa quase em permanência com Pedro Marques, desde que isso não implique com agenda de primeiro-ministro. Nos jantares-comício desta semana lá estará Costa. Tem presença garantida esta terça-feira em Faro e na quarta-feira em Almeirim.

Costa chama gente aos sítios, a organização torna-se robusta, há cenário, há gente a controlar o sistema de som dos discursos, a iluminação, a imagem é verdadeiramente cuidada e, por vezes, lá estão os bombos e os ranchos folclóricos para animar.

Os pesos pesados do socialismo na campanha para além de António Costa e de Jorge Coelho, que discursou no domingo passado no almoço-comício em Mangualde, são, para já, uma uma incógnita. Augusto Santos Silva para discursar a norte é uma possibilidade ou a presença de Manuel Alegre algures em Coimbra é hipótese muito ténue.

Esta terça feira a caravana irá concentrar-se a sul. Está marcada uma visita à Embraer, em Évora, à EDIA e à herdade Vale da Rosa, em Beja e à noite comício em Faro.

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