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Adiada fase de instrução do ataque a Alcochete

13 mai, 2019 - 10:35 • Redação com Lusa

Advogados de defesa apresentaram pedido de afastamento do processo do juiz. Instrução do processo do ataque à Academia do Sporting não tem data prevista de reatamento.

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A fase de instrução do processo relativo ao ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, que estava programada para arrancar esta segunda-feira, no Campus da Justiça, em Lisboa, foi adiada.

Este adiamento acontece porque os advogados de defesa apresentaram novo pedido de afastamento do processo do juiz de instrução criminal, Carlos Delca. O pedido foi entregue por um dos advogados na sexta-feira. De acordo com o juiz, esta fase vai ser suspensa "sine die", ou seja, sem data prevista para recomeço.

Em tom de desagrado, o magistrado afirmou esperar que no futuro não haja "mais 40 pedidos de recusa", numa alusão ao número de arguidos do processo.

Este é o segundo adiamento da fase instrutória. O primeiro foi provocado por outros dois incidentes de recusa do juiz de instrução, que foram indeferidos pelo Tribunal da Relação de Lisboa.

A fase de instrução, que é facultativa, vai decidir se o processo segue para julgamento e em que moldes. Fase que foi requerida por mais de uma dezena de arguidos, entre os quais o ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalo, e o antigo oficial de ligação aos adeptos do clube, Bruno Jacinto.

O processo pertence ao Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro, mas, por razões de logística e de instalações, a fase de instrução vai decorrer na nova sala do edifício A do Campus da Justiça, no Parque das Nações, em Lisboa.

Contexto sobre o processo

Os factos do processo remontam ao dia 15 de maio de 2018, quando um grupo de cerca de 50 adeptos encapuzados, alegadamente afetos ao Sporting, invadiu a Academia do clube, em Alcochete, e agrediu jogadores e equipa técnica. Desde então, foram constituídos 44 arguidos, dos quais 37 continuam sujeitos à medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.

Os arguidos que participaram diretamente no ataque são acusados da coautoria dos crimes de terrorismo, ameaça agravada, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida e entrada em lugar vedado ao público.

Já Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto são acusados dos crimes de coautoria moral do ataque, ameaça agravada, ofensa à integridade física qualificada, sequestro, detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo. Mustafá é também acusado de um crime de tráfico de droga.

Na sucessão da invasão em Alcochete, após um treino na véspera da final da Taça de Portugal da temporada 2018/19, nove jogadores apresentaram rescisão por justa-causa com o clube leonino. Bruno Fernandes e Bas Dost foram os únicos que regressaram ao Sporting.

Daniel Podence (Olympiakos), William Carvalho (Bétis), Rui Patrício (Wolverhampton), Gelson Martins (Atlético de Madrid), Rafael Leão (Lille) e Rúben Ribeiro (Al Ain) não regressaram a Alvalade.

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