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Sindicatos de professores lamentam recuo de PSD e CDS e criticam "número de vitimização" do Governo

05 mai, 2019 - 20:30 • Susana Madureira Martins , ​​Marília Freitas​

FENPROF põe travão ao que foi votado por PSD, CDS, Bloco de Esquerda e PCP na quinta-feira e que dá luz verde à contagem integral do tempo de serviço dos professores.

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Mário Nogueira desvalorizou a votação das propostas dos partidos sobre os professores realizada em comissão parlamentar na quinta-feira e que dá luz verde à contagem integral do tempo de serviço dos professores.

Para o secretário-geral da FENPROF, a votação dos deputados que interessa é a final global em plenário. Até lá, diz, é aguardar.

"Aquilo que aconteceu na quinta-feira não foi uma votação para uma decisão final das alterações ao decreto-lei. O que nós afirmámos foi que precisávamos de conhecer o texto final a aprovar em sessão plenária, que sabe-se que é até dia 15. Vamos esperar para podermos ter uma posição sobre isso", disse Mário Nogueira, em declarações aos jornalistas, este domingo, em Coimbra.

O líder da FENPROF acrescentou que do resultado da votação final global depende a decisão de os professores avançarem ou não para a greve às avaliações a partir de 6 de junho.

O dirigente sindical disse ainda que a crise política provocada pelo primeiro-ministro é “artificial”, o mesmo argumento invocado pelos líderes dos partidos que votaram a favor as propostas.

"Vitimização" do Governo visa "denegrir a imagem dos professores"

Já o Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) reagiu em comunicado às declarações de Rui Rio e Assunção Cristas, este domingo. O SIPE não compreende “a falta de confiança do CDS e PSD, que se deixaram intimidar por um discurso de duvidosa credibilidade e grande intransigência, que pretende responsabilizar a oposição por algo que, após esta votação, ficou claro que será da responsabilidade do Governo”.

O sindicato considera “lamentável que o Governo tenha encenado todo este número de vitimização com o objetivo de denegrir a imagem dos professores, atirando culpas para a oposição, apenas por votar a possibilidade de haver lugar à negociação do tempo de serviço congelado”.

Para o SIPE, a o Governo está “a rejeitar qualquer possibilidade de negociar a recuperação da totalidade do tempo de serviço congelado aos professores, mesmo sendo-lhe dada a possibilidade de escolha do modo de o fazer e quando o fazer”.

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  • PROFESSOR
    07 mai, 2019 5 de out 17:39
    Não é de lamentações mas de luta a sério que queremos agora. Greve a avaliações e correcção de exames. Desafiar qualquer requisição civil que apareça - quero vê-los por processos a 140000 professores. Recusarem entregar notas e fazer serviços ENES-ENEB-PAEB. Não queremos : manifs inofensivas, greves de 1 dia, declarações politiqueiras na tv - isso basta o circo de desculpas mal engendradas e passa-culpas que PSD-CDS-PS-BE e PCP vão arranjar, para saírem pouco chamuscados desta situação.
  • Prof Sindicalizado
    06 mai, 2019 MEU 10:50
    Preparem mas é a luta para o final do 3º período e desta vez façam melhor que a miséria que foi o ano passado onde deixaram de fora os anos de exames - só o Sindicato S.T.O.P. que vocês torpedearam, os incluiu. E preparem-se para enfrentar as requisições civis que vão aparecer e quanto ao colégio dos serviços mínimos, há um precedente em Tribunal que diz não haver serviços mínimos em Educação. A classe docente espera algo mais que declarações politicas, manifs inofensivas e ordeiras e greves de 1 dia. ESPERAMOS LUTA!

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