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Costa convoca reunião de urgência do Governo por causa dos professores

02 mai, 2019 - 23:47 • Redação

A informação foi confirmada à Renascença por fonte governamental. Reunião está marcada para as 10h30.

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O primeiro-ministro convocou para esta sexta-feira de manhã uma reunião extraordinária de coordenação política do Governo, depois de a oposição ter aprovado a contabilização total do tempo de serviço dos professores.

A informação foi confirmada à Renascença por fonte governamental.

A Renascença sabe ainda que reunião está marcada para as 10h30 e terá lugar na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e nela estará presente o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

O Parlamento aprovou esta quinta-feira uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes. A medida foi aprovada na comissão parlamentar de Educação e Ciência.

No final, o deputado socialista Porfírio Silva criticou o que considera ser uma "absoluta irresponsabilidade" por parte dos partidos da oposição.

"Isto é pôr em causa todo uma legislatura de recuperação de rendimentos. Temos sabido manter o rumo certo, as contas no seu sítio e avançar passo a passo de forma segura. Isto é querer destruir todo o trabalho de construção de uma legislatura. A História julgará quem assim procede", disse o deputado do PS.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, avisou terça-feira, no Parlamento, que contar todo o tempo de serviço dos professores representaria “o maior aumento de despesa desta legislatura” e iria abrir “uma caixa de Pandora” sobre a recuperação do passado nas carreiras.

O jornal "Público" desta sexta-feira titula que o PS abre a porta à demissão do Governo. O presidente do partido, Carlos César, afirma ao diário que a situação da governação é "insustentável".

A 16 de abril, a Renascença avançou que o Governo estava a ponderar e a discutir a demissão se fosse forçado pelos restantes partidos a devolver a totalidade do tempo de serviço aos professores.

A garantia foi dada por um dirigente socialista próximo do primeiro-ministro António Costa, com o argumento de que a resposta que for dada aos professores terá de ser dada também a outras carreiras, o que é considerado pelo estado maior socialista como financeiramente "insustentável".


[Notícia atualizada às 7h28 com a hora da reunião]

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  • Cidadao
    03 mai, 2019 Lisboa 10:11
    Isto é só show off. Demitir-se a seis meses de novas eleições e ainda por cima quando, a julgar pelas sondagens, vai ganhar, temos de convir que não faz grande mossa, sobretudo com Orçamento aprovado e em vigor. A possível demissão é apenas uma parte, do chorrilho de lamentações e vitimização de ir às lágrimas, que o gov está a preparar, até para aproveitar como pretexto para mascarar o insucesso da sua politica económica. Esta prosperidade aparente que temos, é devida a um bom momento da Economia Europeia, ao Boom do Turismo e por cá, ao investimento zero, cativações sem freio e impostos altíssimos. Bastará a Economia Europeia arrefecer e os Turistas abalarem para outras paisagens e virá ao de cima a nossa costumeira fragilidade. Para evitar dizer que falhou, o governo já arranjou um bode expiatório: a reposição das carreiras que "desequilibraram as finanças" . Foi isso, não foram os milhares de milhões de Euros dados à banca para sustentar bancos falidos, nem os contratos ruinosos das PPP, nem as negociatas estilo "Vara
  • João Lopes
    03 mai, 2019 09:40
    António Costa de formação marxista, é um jogador hábil e malabarista e não vai ser fácil derrubá-lo do poder. Deve demitir-se. O País está pior do que quando saiu Passos Coelho...

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