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Estudo relaciona poluição do ar com surtos psicóticos nos adolescentes

03 abr, 2019 - 07:31 • Redação com Reuters

Investigadores britânicos concluíram que os jovens das grandes cidades têm duas vezes mais de probabilidade de ter surtos. Além disso, esta poluição pode diminuir esperança média de vida.

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O excesso de poluição no ar aumenta o risco dos adolescentes sofrerem surtos psicóticos, revela um estudo realizado no Reino Unido.

Cientistas do King’s College relacionaram os altos níveis de poluição no ar em Inglaterra e no País de Gales com experiências psicóticas em adolescentes, como ouvir vozes ou paranóias intensas.

O mesmo estudo revela que crianças e adolescentes que moram em cidades têm duas vezes mais de probabilidade de ter surtos psicóticos do que aquelas que vivem em áreas rurais.

"Embora o estudo não tenha demostrado que os poluentes causaram experiências psicóticas nos adolescentes, as conclusões sugerem que a poluição do ar pode ser um fator que contribui para a relação entre a vida na cidade e as experiências psicóticas”, diz Joanne B. Newbury, uma das autoras do artigo publicado na revista JAMA Psychiatry.

Os cientistas analisaram dados de mais de 2.200 crianças britânicas. Cerca de 30% relataram pelo menos um episódio psicótico entre os 12 e os 18 anos.

Ar tóxico diminui esperança de vida

Um outro estudo, publicado esta quarta-feira, revela que a esperança média de vida das crianças que nascem agora será reduzida, em média, 20 meses pelo facto de respirarem ar tóxico.

De acordo com este estudo sobre o estado global do ar (SOGA) em 2019, a esperança média de vida será ainda menor para as crianças do sul da Ásia (menos 30 meses) e da África sub-saariana (menos 24 meses).

A poluição do ar contribuiu para quase uma em cada dez mortes em 2017, matando mais pessoas do que a malária ou os acidentes rodoviários.

As Nações Unidas já alertaram que a poluição do ar deve ser tratada como uma questão de direitos humanos, uma vez que provoca cerca de sete milhões de mortes prematuras por ano em todo o mundo, das quais 600 mil são crianças.

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