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EUA. Supremo confirma injeção letal e avisa que a Constituição “não prevê morte indolor”

01 abr, 2019 - 20:30 • Redação

Russell Bucklew foi condenado em 1996,no Missouri, pelo assassinato de Michael Sanders. Agora, alega que sofre de de uma rara condição médica e que a injeção letal (Bucklew prefere gás letal) lhe iria causar um castigo cruel.

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Russell Bucklew, de 50 anos, foi condenado em 1996 pelo assassinato de Michael Sanders, no estado Missouri. Além do assassinato, Bucklew raptou e violou a namorada deste (e ex-namorada de assassino), tendo igualmente alvejado o filho menor de Sanders e um polícia.

Acabaria condenado à pena de morte por injeção letal. No entanto, Bucklew recorreu da decisão, não para suspender a condenação à morte, mas, sim, para que a mesma seja com recurso a gás letal.

O recluso alega que sofre de uma rara condição médica, hemangioma cavernoso, e que a injeção letal lhe provocaria a rutura dos diversos tumores de sangue que tem espalhados pelo corpo, situação que lhe causaria dores horríveis. Segundo alega Russell Bucklew, esta aplicação de pena violaria a Oitava Emenda dos EUA, que proíbe um castigo cruel e incomum.

Esta segunda-feira, contudo, o Supremo Tribunal norte-americano rejeitou o pedido de Bucklew, lembrando que a Constituição “não garante que a morte seja indolor”.

A decisão, assinada pelo juiz conservador Neil Gorsuch, reforça que a opção por gás letal poderia não ser menos dolorosa para o recluso, lembrando que a morte indolor “não é garantida à maioria das vítimas dos crimes punidos com a pena capital”.

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