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Tancos. PJ admite ter investigação praticamente finalizada em "junho ou julho"

26 mar, 2019 - 20:58 • Lusa com Redação

O processo de Tancos conta com 20 arguidos, dos quais nove estão em prisão preventiva e um em prisão domiciliária.

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O diretor da Polícia Judiciária, Luís Neves, admitiu esta terça-feira que a investigação ao caso do furto de Tancos, em 2017, deverá estar praticamente concluída em “junho ou julho” deste ano.

Numa audição, hoje à tarde, na comissão parlamentar de inquérito ao furto de material militar em Tancos, Luís Neves disse que “em junho ou julho” espera ter “a investigação numa fase praticamente final”.

A 5 de fevereiro, o Ministério Público (MP) pediu ao tribunal que seja declarada a especial complexidade ao processo do furto das armas de Tancos, o que permitirá dilatar até ao final de setembro o prazo para a conclusão do inquérito.

Num despacho a que agência Lusa teve acesso, o MP alega que investiga criminalidade altamente organizada e que as diligências que considera imprescindíveis são impossíveis de realizar até dia 28 de março, prazo inicial para a conclusão do inquérito.

Hoje, na comissão de inquérito, o diretor da PJ afirmou que “era impossível nesta investigação, face ao número de arguidos, face ao número de material para analisar, face a tudo o que sucedeu, conduzir esta investigação apenas em seis meses”.

O processo de Tancos, que resulta da apensação do processo do furto das armas e do aparecimento das mesmas meses depois na Chamusca, conta com 20 arguidos, dos quais nove estão em prisão preventiva e um em prisão domiciliária.

Os crimes indiciados são terrorismo internacional, associação criminosa, tráfico de droga, furto, detenção e tráfico de armas, tráfico de influência, e denegação de justiça e prevaricação, falsificação de documento e abuso de poder.

Atualmente, o inquérito, segundo o documento, é composto por 37 volumes e mais 50 apensos.

O caso do furto de armas, ocorrido em 2017, ganhou importantes desenvolvimentos em 2018, tendo sido detidos militares da PJM e da GNR, suspeitos de terem forjado a recuperação do material em conivência com o presumível autor do roubo, um ex-militar de nome Paulino.

O furto de material de guerra foi detetado pelo exército em 28 de junho de 2017 e o reaparecimento das armas, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, foi revelado quatro meses depois (18 de outubro) pela PJM, em colaboração de elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

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