19 mar, 2019 - 12:58 • Pedro Azevedo
João José Cardoso da Silva, presidente do Batuque de Cabo Verde, nega, em entrevista a Bola Branca, a existência de "jogadores fantasma" no acordo de preferência com o Sporting, assinado em 2017 durante a presidência de Bruno de Carvalho.
O protocolo prevê o direito de preferência sobre sete jogadores cabo-verdianos, a troco de 330 mil euros. Esta terça-feira, o "Correio da Manha" escrevia que quatro dos sete jogadores não estavam inscritos em qualquer registo oficial. O presidente do clube explicou o estado contratual dos jogadores:
“O Julmir Silva esteve no Batuque, mas já não está porque em Cabo Verde. O futebol é amador e as licenças são válidas apenas por um ano. Esse jogador está a alinhar no campeonato da Guiné Bissau. Os outros três, Admirson Soares, Walter dos Santos Waxel e Wildilton Santos Waxel, estão a fazer testes noutros sítios e brevemente saber-se-á para onde vão. Antes, o Sporting pode exercer o direito de preferência se assim entender”, explica Cardoso da Silva.
Protocolo em vigor e à disposição das autoridades
O protocolo entre Sporting e Batuque foi assinado há dois anos e é válido até 2022. “O Sporting ficou com o direito de preferência sobre sete jogadores por cinco anos. E continua a ter preferência sobre esses jogadores”, reforça Cardoso da Silva.
O presidente do Batuque diz estar “disponível para prestar todos os esclarecimentos às autoridades sobre esse protocolo”. Cardoso da Silva sublinha que o protocolo “foi feito de boa fé. O Sporting cumpriu e o Batuque ainda não porque não foi solicitado mas está disponível para cumprir. Se o Sporting não quer aqueles jogadores, pode escolher outros durante a duração do protocolo”, detalha.
Críticas a Frederico Varandas
O comportamento do atual presidente do Sporting, Frederico Varandas, é também alvo de críticas de Cardoso da Silva. “O correto seria a atual direção do Sporting contactar-nos e saber se o protocolo existe ou não, em vez de andar a fazer conferências de imprensa a mandar palpites desnecessários para o ar porque o protocolo existe e foi feito de boa fé”.