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CGTP

"Um Governo que desvia dinheiro para o Novo Banco tem de descongelar salários"

12 mar, 2019 - 16:50 • Agência Lusa

É o que defende Arménio Carlos, líder da CGTP, para quem "só há uma coisa a fazer: respeitar e valorizar os trabalhadores da administração pública".

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O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu esta terça-feira que "um Governo que continua a desviar dinheiro para o Novo Banco tem de assumir as suas responsabilidades e descongelar os salários" dos trabalhadores da administração pública.

Em declarações aos jornalistas à entrada para a assembleia geral de delegados sindicais do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte, no Porto, Arménio Carlos disse que "só há uma coisa a fazer: respeitar e valorizar os trabalhadores da administração pública".

"Não admitimos que ao fim de 10 anos, num quadro em que a economia está a evoluir, se continue a verificar que mais de 600 mil trabalhadores da administração pública não têm qualquer atualização salarial (...). A ideia do Governo de que não há dinheiro para os trabalhadores e para a administração pública não colhe quando ainda recentemente assistimos à disponibilização de mais de mil milhões de euros para o Novo Banco", referiu.

Arménio Carlos apontou que "o Estado português já pagou mais de 17.000 milhões de euros para acudir a fraude e défices da banca privada", sendo esta uma das razões apontadas pelo secretário-geral da CGTP para exigir "respeito".

"Não podemos admitir que os trabalhadores abdiquem da melhoria dos seus salários, quando se está a pagar 8% médios em juros às parcerias público-privadas. Quando se continua a desviar dinheiro para o Novo Banco, não nos parece correto os trabalhadores abdicarem do que é deles. Temos situações de exaustão em toda a administração pública", apontou.

Arménio Carlos também exigiu "a resolução definitiva" do Programa de Regularização de Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), lembrando que "continuam a existir milhares de trabalhadores da administração pública com vínculos precários quando estão a prestar necessidades permanentes".

"É inadmissível que ao fim de dois anos o PREVPAP não esteja resolvido e se arraste até ao final do ano", disse, reforçando com um apelo à adesão à greve marcada para a próxima semana, dias 21 e 22.

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