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Jacinto Lucas Pires-Henrique Raposo
Um escritor, dramaturgo e cineasta e um “proletário do teclado” e cronista. Discordam profundamente na maior parte dos temas.
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Jacinto Lucas Pires e Henrique Raposo - Rui Pinto - 06/03/2019

J. Lucas Pires

Caso Rui Pinto. "Onde está a linha entre o pirata informático e o denunciante?"

06 mar, 2019


Já Henrique Raposo diz que há "uma certa cultura Assange que romantiza estas pessoas".

O caso Rui Pinto, o hacker suspeito de ter acedido ao email de elementos do conselho de administração e do departamento jurídico do Sporting, foi um dos temas em discussão no espaço de debate desta quarta-feira do programa "As Três da Manhã". Rui Pinto está na Hungria e recebeu ordem de extradição para Portugal, mas recorreu da decisão por considerar que a sua vida pode estar em risco, se vier para Portugal.

O comentador da Renascença Henrique Raposo considera "um exagero" estes receios de Rui Pinto. Já o escritor Jacinto Lucas Pires prefere olhar para o caso de forma mais abrangente.

"Onde está a linha entre o pirata informático e o denunciante", questiona Jacinto Lucas Pires, acrescentando que "é preciso definir um regime do denunciante".

Henrique Raposo diz ainda que há "uma certa cultura Julian Assange que romantiza estas pessoas".

"Se eu entrar numa loja e roubar uma coisa sou um ladrão. Se este rapaz entrar no meu mail e roubar o meu mail, ele depois vem dizer que está a defender a minha liberdade em abstrato", argumenta.

O fundador do Wikileaks está exilado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 após a publicação de centenas de milhares de documentos secretos.

Comentários
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  • Cidadao
    07 mar, 2019 Lisboa 09:44
    Vamos entender-nos: o tipo é um criminoso. Pode não fazer assaltos à mão armada, mas invadiu Servidores alheios e roubou informação confidencial que depois entregou mediante pagamento a rivais o que causou severos danos à imagem e ao património dos roubados. Considerá-lo um justiceiro é perverter a coisa. E se desatássemos todos a roubar informação uns dos outros e a metê-la em redes sociais, também éramos justiceiros?