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Abortada tentativa de fuga da Cadeia de Castelo Branco

03 mar, 2019 - 14:51 • Redação

Falta de segurança deve-se à política da direção do estabelecimento prisional, diz Jorge Alves, do Sindicato dos Guardas Prisionais.

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Os serviços de vigilância do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco detetaram na noite de sábado para domingo que os reclusos iniciaram atividades numa parede, ao que tudo indica para tentar abrir um buraco para uma eventual fuga.

O incidente causou alguma agitação na cadeia e terá levado ao reforço da segurança na ala onde está situada a camarata que na altura tinha 10 reclusos.

Jorge Alves, do Sindicato dos Guardas Prisionais, questiona a política de segurança na cadeia de Castelo Branco e aponta o dedo à diretora e ao chefe.

“Acontece muito por causa da política de segurança da diretora e do chefe. E isto resulta de duas situações. Por um lado, o horário de trabalho e a política de distribuição de pessoal que o chefe pratica. À semana tem muita gente de segunda a sexta das 8h às 17h, e a partir das 17h de sexta-feira até às 8h de segunda são muito poucos guardas.”

Jorge Alves recorda que há alguns anos houve uma fuga desta cadeia pela porta principal, o que considera “uma coisa peculiar, que nunca vimos em lado nenhum, mas aconteceu” e diz que depois de detetado este último incidente foi preciso convocar mais guardas para lidar com a situação.

“Para ter uma ideia, depois de detetado o buraco, para fazer busca à camarata e para transferir os reclusos, que entretanto foram transferidos, foi preciso convocar guardas. Assim se vê a diminuição do efetivo. Inclusive o chefe de turno, que é responsável pela equipa e deve estar a tratar do assunto, estava a auxiliar na revista das pessoas e na sua entrada para a visita, devido à falta de pessoal.”

“Infelizmente isto é uma política da casa, da diretora e do chefe da cadeia, que não estão preocupados com a segurança e depois leva a este tipo de situação”, lamenta.

Os envolvidos nesta eventual tentativa de fuga na cadeia de Castelo Branco foram já transferidos para a cadeia de alta segurança de Monsanto.

A Renascença tentou contactar a direção da cadeia de Castelo Branco, mas quaisquer esclarecimentos foram remetidos para segunda-feira.

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