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UE disposta a coordenar resposta conjunta ao regresso de 'jihadistas' europeus

19 fev, 2019 - 00:13

Estados-membros da União Europeia discutem o que fazer aos elementos do grupo terrorista Estado Islâmico que regressam da Síria.

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A alta representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Federica Mogherini, disponibilizou os seus serviços para coordenar uma resposta conjunta em relação ao regresso dos europeus que combateram com o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.

"Eu ofereci a disponibilidade dos nossos serviços para trabalhar em algumas ideias sobre como coordenar posições sobre esse assunto, como explorar diferentes possibilidades para lidar com o assunto que abrange diferentes áreas", disse Mogherini esta segunda-feira, no final de uma reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros comunitários.

Mogherini afirmou que os ministros discutiram o assunto e que "não é a primeira vez" que debatem o tema, apesar dos comentários do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que exortou os países europeus a repatriarem os respetivos cidadãos acusados de pertencerem ao EI, e que estão atualmente detidos na Síria, e a julgá-los internamente.

"A questão sobre o que fazer em relação a eles tinha estado na mesa antes e continua na mesa, independentemente dos pedidos do Presidente dos Estados Unidos", disse Federica Mogherini.

A chefe da diplomacia europeia lembrou que a competência legal é dos Estados-membros: "Cada país tem um quadro legal diferente, incluindo diferentes possibilidades dentro dos gabinetes e governos".

"É uma questão que requer coordenação entre os ministros dos Negócios Estrangeiros, os ministros do Interior, da Justiça e os serviços de inteligência. Abrange várias competências dentro de um único Estado-membro, para não dizer em toda a UE", salientou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, considerou esta segunda-feira "muito complexa" a questão de cidadãos portugueses com ligações aos 'jihadistas', porque o Estado deve prestar proteção aos nacionais, mas não quer em Portugal "pessoas que possam constituir uma ameaça".

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