16 fev, 2019 - 00:00 • Marília Freitas , Rui Barros
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Entre os anos letivos 2012/2013 e 2017/2018, 14 instituições deram notas consideravelmente mais altas aos seus alunos do que as atribuídas ao resto dos estudantes do país, que tiveram os mesmos resultados nos exames dos 11.º e 12.º anos.
Neste grupo, que é responsável pelos maiores desvios para cima, há 12 escolas privadas e duas públicas. Localizam-se todas no Norte do país.
Ao divulgar este indicador de “alinhamento das notas”, o Ministério da Educação pretende ajudar as escolas a corrigir as suas práticas de notas mais altas ou mais baixas e garantir, assim, uma maior equidade no acesso ao ensino superior, já que as notas internas são tidas em conta para o cálculo da média de entrada nas universidades e politécnicos.
Algumas destas escolas têm lugar cativo nas posições cimeiras dos "rankings", que só têm em conta as notas dos exames. É o caso do Colégio Nossa Senhora do Rosário, do Porto, que, pelo quinto ano consecutivo, lidera a tabela. Estão também nesta lista os colégios D. Diogo de Sousa, de Braga (4.º lugar), Luso-Francês, do Porto (5.º lugar) e o Externato Ribadouro, também no Porto (12.º lugar).
Curiosamente, também estão no Norte as duas escolas públicas que, nos últimos seis anos, deram notas consideravelmente mais altas aos seus alunos do que as atribuídas ao resto dos estudantes do país. São elas as secundárias de Fafe e de Monção.
No caso da secundária de Fafe, distrito de Braga, a média dos oito exames mais concorridos foi 9,43, o que a coloca no 427.º lugar do "ranking" das escolas da Renascença, feito a partir dos dados tratados pela Universidade Católica Portuguesa para o jornal "Público".
Já a escola secundária de Monção, no distrito de Viana do Castelo, apresentou uma média de 9,97 nos exames, estando na 345.ª posição do chamado "ranking" tradicional.
Face a 2017, houve uma diminuição desta prática. No ano passado, estavam identificadas 16 instituições (13 colégios e 13 escolas públicas) que inflacionam consideravelmente as notas nos últimos cinco anos.
Já do outro lado da tabela, entre os anos letivos 2012/2013 e 2017/2018, houve 13 instituições (três privadas e 10 públicas) que deram notas aos seus alunos consideravelmente mais baixas do que as atribuídas ao resto dos estudantes do país que tiveram os mesmos resultados nos exames dos 11.º e 12.º anos.
Deste grupo, com os maiores desvios para baixo, está a escola Salesianos do Estoril, que ocupa a sexta posição no "ranking" das escolas, com uma média de 14,18 nos oito exames mais concorridos.
Escolas que deram sempre notas mais altas do que o esperado nos últimos 6 anos:
Escolas que deram sempre notas mais baixas do que o esperado nos últimos 6 anos: