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Rússia adverte Casa Branca contra qualquer “recurso à força” na Venezuela

12 fev, 2019 - 23:58 • Lusa com Redação

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, conversou por telefone com o homólogo norte-americano, Mike Pompeo, e alertou contra qualquer ingerência dos EUA nos assuntos internos da Venezuela.

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O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, advertiu esta terça-feira o seu homólogo norte-americano, Mike Pompeo, no decurso de um contacto telefónico, contra qualquer “recurso à força” na Venezuela, indicou a diplomacia russa.

“Lavrov alertou contra qualquer ingerência nos assuntos internos da Venezuela, incluindo o recurso à força que Washington tem ameaçado em violação do direito internacional”, indicou em comunicado o ministério russo dos Negócios Estrangeiros.

Previamente, Moscovo já tinha acusado Washington de procurar, com a proposta de resolução sobre a Venezuela que apresentou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), um pretexto para uma intervenção militar naquele país.

O documento dos Estados Unidos “procura, de facto, encobrir as provocações com o envio de ajuda humanitária como meio de desestabilizar a situação na Venezuela e até mesmo obter um pretexto para uma intervenção militar direta” no país, referiu esta manhã Serguei Lavrov em conferência de imprensa.

“Como compreenderá, o Conselho de Segurança jamais aprovará tal decisão”, realçou o chefe da diplomacia russa, após uma reunião com o seu homólogo finlandês, Timo Soini, anunciando assim o veto da Rússia à proposta norte-americana.

Quanto à resolução sobre a Venezuela preparada pela Rússia, Serguei Lavrov sublinhou que o documento pretende “apoiar o diálogo nacional” naquele país.

Sergei Lavrov indicou que em breve irá realizar uma reunião com a chefe da diplomacia europeia, a italiana Federica Mogherini, para abordar a crise venezuelana, e também com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, através de uma conversa por telefone.

Tanto os EUA como a Rússia são membros permanentes do Conselho de Segurança e ambos têm a capacidade de vetar a resolução da outra parte, de modo que nenhuma das propostas tem potencial para prosperar se ambas as potências não chegarem a um acordo prévio.

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