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Banco de Portugal

Carlos Costa pediu em novembro para não participar em decisões sobre auditoria à Caixa

11 fev, 2019 - 14:32 • Agência Lusa

Pedido de escusa anunciado na semana passada foi apresentado há três meses, informa Banco de Portugal esta segunda-feira.

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O governador do Banco de Portugal (BdP) disse esta segunda-feira que pediu em novembro para não participar em decisões sobre a auditoria à Caixa Geral de Depósitos (CGD), em que foi administrador, um pedido que foi aceite na altura.

“Em complemento do comunicado publicado em 08 de fevereiro 2019, o Governador esclarece que o pedido de escusa relativamente à participação em deliberações do Banco de Portugal sobre situações abrangidas pela auditoria da EY à CGD foi apresentado na ocasião da primeira deliberação tomada neste âmbito, em 06 de novembro de 2018, e nessa data aceite pelo Conselho de Administração”, lê-se na breve nota hoje divulgada pelo banco central.

Na sexta-feira passada, Carlos Costa disse em comunicado que pediu para não participar nas decisões do banco central sobre a auditoria da EY à CGD por ter sido administrador entre 2004 e 2006 e que esse pedido foi aceite pelo Conselho de Administração.

O esclarecimento foi então divulgado a propósito de notícias da revista Sábado e do Jornal Económico.

A revista noticiou que Carlos Costa participou na aprovação de "créditos ruinosos a Berardo e Manuel Fino", depois de consultas a atas a CGD que referem que "esteve em pelo menos quatro reuniões do Conselho Alargado de Crédito nas quais foram aprovados empréstimos a devedores problemáticos".

Já o Jornal Económico noticiou que o governador "ficou de fora do exame que o próprio supervisor está a realizar aos antigos administradores da CGD, apesar de ter estado no banco público entre 2004 e 2006".

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