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Congresso Aliança

Farpas ao Governo e a Marcelo. O discurso de Santana Lopes em dez frases

10 fev, 2019 - 00:20 • Paula Caeiro Varela, com redação

"Esmagado pela positiva", "crime lesa-pátria" na Saúde, menos solidariedade de Marcelo ao Governo da "frente de esquerda" e a defesa da bastonária da Ordem dos Enfermeiros. O líder da Aliança disse ao que vinha no seu primeiro discurso no congresso do novo partido.

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Discurso de Santana Lopes - Reportagem de Paula Caeiro Varela

O líder da Aliança, Pedro Santana Lopes, fez esta sábado o seu primeiro discurso no congresso fundador do partido, que decorre em Évora. A intervenção ficou marcada por ataques ao Governo da "frente de esquerda" e avisos ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Dez frases de Santana Lopes.


  • "Não venho hoje aqui fazer um discurso, venho conversar convosco. Não me apetece discursar. Confesso que estou esmagado pelo que tenho visto. Esmagado no bom sentido".
  • “Que país é este?”
  • “É a primeira vez que digo isso: se o então Presidente da República [Jorge Sampaio], em 2004, não tivesse feito o que fez, o país estaria hoje muito diferente, de certeza absoluta".
  • “Tem-se dito: a Aliança é um partido das direitas, mas aqui cabem as pessoas de centro, mesmo de esquerda moderada, que não se reveem nesta política do Partido Socialista”.
  • “Há direito ou é possível admitir que se dê ao atual primeiro-ministro a possibilidade de continuar a governar mudança de parceiros no Parlamento. Haverá alguém que admita que isso é possível. Por que razão? A frente de esquerda tem um líder ao qual também o PCP e o Bloco de Esquerda também se subjugaram, nomeadamente na vassalagem perante as maiores exigências de Bruxelas”.
  • “Quando vejo o Presidente da República saltar como saltou, a propósito da greve dos enfermeiros... Eu estou de acordo com o exercício da greve que o setor da saúde é especialmente complexo. As forças de segurança não têm direito à greve, não estou a defender o mesmo para a saúde, mas o bem primeiro é o da vida, isso não ponho em causa”.
  • “Agora, há coisas que me choca, esta frente de esquerda é facciosa. Quando é o sr. da Frenprof, os dirigentes do poder político falam muito civilizadamente com ele em colóquios ou não rua, pode parar o país, podem faltar a exames de alunos que estudaram o ano todo, que é uma pessoa muito respeitável, falam com ele como uma grande figura nacional. Agora, quando os enfermeiros têm uma bastonária que, só porque não é da cor política deles, já a põem em tribunal, acusam-na de tudo, já não pode haver as contribuições que existem, já são colocas sob suspeita, há aqui dois pesos e duas medidas como em quase tudo o que diz respeito à frente de esquerda”.
  • “Ele [Marcelo Rebelo de Sousa] é o chefe de Estado, um homem sério e competente, uma pessoa íntegra. O próprio ainda não decidiu se se recandidata ou não, e a moção estratégica da Aliança só diz que este ano queremos concentrar tudo nas regionais, europeias e legislativas. É lógico. Mas ficou tanta gente preocupada e eu compreendo a dúvida. Nesta altura o que devemos fazer é dizer ao Presidente da República que queremos ser exigentes com ele. Há coisas, às vezes, nos últimos tempos que não temos percebido bem. Não queremos que o sr. Presidente da República favoreça a oposição, sempre defendi a solidariedade institucional entre chefe de Estado e de Governo, mas não é preciso exagerar. É preciso ter o devido equilíbrio”
  • “As esquerdas dizem que não querem saber da iniciativa privada, mas eles bem tratam das suas iniciativas privadas quando tem de tratar deles próprios”.
  • “Temos que adotar novos caminhos, porque quem assume funções publicas e enriquece não se sabe como, se mudou de vida e lhe não saiu o Euromilhões, tem a obrigação – se está tudo certo e limpo – de ser escrutinado e explicar como isso aconteceu”.
Comentários
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  • J M
    12 fev, 2019 Seixal 12:06
    A vida tem sido difícil para o “Pedrocas” desde que foi “despedido” de 1º ministro pelo então presidente da república Jorge Sampaio. Depois deste revés, não houve “eleiçãozeca” em que ele não aparecesse sempre na linha da frente, a representar o partido que lhe deu a mão, mas, coitado, apesar do protagonismo dado pela imprensa direitola nunca foi além de duas câmaras municipais. Figueira da Foz e Lisboa. O rapazola, na sua vaidade e imodéstia, deixou endividados os dois municípios em dezenas de milhões de euros no fim do seu mandato. Durante a sua passagem pela Câmara Municipal de Lisboa, o esbanjamento do erário publico, chegou ao ponto de adquirir um automóvel de luxo, blindado, para se pavonear pela cidade. Até onde foi o desplante. Como as elites do seu partido o puseram na arrecadação, desligou-se do PSD. Apareceu agora em ano de eleições, como fundador de um partido politico, dentro da mesma ideologia daquele que tinha militado, na mira de servir de muleta ao partido que o enjeitou. Talvez assim, um dia, juntamente com os amigos do passado, possa voltar a passear a sua incompetência pelos corredores do poder, concretizando de novo o sonho de espoliar os portugueses.
  • Fernando de Almeida
    10 fev, 2019 Porto 02:28
    Santana Lopes tem todo o direito de expor as suas opiniões, o problema é que a maioria dos cidadãos não vai perder tempo com ele...e muito menos com alguns "desempregados da politica" que o acompanham. A maioria dos nossos concidadãos lastima quem perde, mas suporta mal quem tendo perdido uma "capelinha" pretenda levantar de imediato uma "catedral" do outro lado da rua...

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