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Sindicato da PSP não quer “selfies” com Marcelo

05 fev, 2019 - 08:37 • André Rodrigues , com redação

Presidente é acusado de "desprezar" os polícias, por ter visitado o bairro da Jamaica. Presidência da República não comenta as acusações.

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A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) acusou o Presidente da República de se “colocar contra a polícia” e de ainda não ter ouvido uma só palavra em favor dos agentes. Em causa está a visita de Marcelo Rebelo de Sousa ao bairro da Jamaica, no Seixal.

Depois de ter expressado o seu desagrado nas redes sociais, o presidente da maior associação sindical da PSP disse à Renascença não compreender por que razão Marcelo se deslocou a esse bairro “sem nunca ter visitado esquadras ou acompanhado patrulhas para perceber em que condições trabalham os agentes da PSP”.

Nestas declarações, Paulo Rodrigues lembra que há algum tempo convidaram o chefe de Estado “para visitar algumas instalações degradadas da polícia e fazer parte de uma patrulha e, assim, ter uma noção de como os polícias trabalham”.

“Não queremos uma visita do Presidente para tirar selfies. É para garantir que quer dar orientações ao Governo para resolver um conjunto de situações para que todos os portugueses saiam a ganhar com mais segurança pública”, explicou o líder da ASPP/PSP.

Ainda sobre a deslocação ao Seixal, Paulo Rodrigues é perentório. “Quando vemos o chefe do Estado - motivado por uma situação que gerou violência - a tomar esta atitude, somos levados a concluir que o Presidente da República está a colocar-se ao lado de pessoas que foram violentas contra a polícia, que, injustamente, acusam os agentes de racismo. Ou seja, está-se a colocar contra a polícia”.

Na sua opinião, Marcelo Rebelo de Sousa teve várias situações em que podia ter expressado o seu apreço pelo trabalho da polícia mas, “não só não o fez, como nesta situação - em houve um agente agredido e que recebeu tratamento - não houve uma palavra de apreço ou de reconhecimento pelo estado de saúde desse colega”.

No post do Facebook Marcelo foi acusado de "desprezar" os polícias e de ser o Presidente “de quase todos os portugueses”.

A Presidência da República não comenta as acusações do presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia.

A visita de segunda-feira, que não constava da agenda do chefe de Estado, foi divulgada posteriormente, através de uma nota na página da Presidência da República.

A deslocação do chefe de Estado acontece 15 dias depois de se terem registado incidentes com a polícia neste bairro, no dia 20 de janeiro, que levaram à abertura de um inquérito pelo Ministério Público.



Comentários
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  • Dora Roxo
    06 fev, 2019 00:43
    O caos no Brasil começou assim com a desvalorização das forças de segurança.
  • ze
    05 fev, 2019 algures 13:25
    tanto a psp como a gnr necessitavam de uma grande remodelação................................Parabéns Presidente Marcelo pela sua atitude e altruísmo.
  • Filipe
    05 fev, 2019 évora 11:16
    Estes sindicalistas tem empurrado a PSP que deve ser extinguida e junta com a GNR imediatamente , porque hoje ainda nas paradas e ideologias , louvam por continência Hitler . Não se estranha todas as posições e raiva pelos civis . Deviam ter vergonha na cara .

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