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Enfermeiros chocados com declarações de políticos prometem manter a luta

02 fev, 2019 - 12:16 • Redação

António Costa apelidou a greve dos enfermeiros de “selvagem”. Carlos Ramalho pede contenção. Estamos a fazer uma luta muito justa e digna e não nos parece justo que nos tratem desta forma.

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Os enfermeiros afirmam-se chocados com declarações das últimas horas por parte de várias figuras políticas.

Este sábado os enfermeiros cumprem o terceiro dia da chamada greve cirúrgica, que foi criticada pelo primeiro-ministro e também pelo líder do PSD. Se Rui Rio se limitou a dizer que considerava a paralisação “altament equestionável”, António Costa chegou mesmo a apelidá-la de “selvagem”.

Carlos Ramalho, presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, diz à Renascença que estas são declarações injustas e pede contenção.

“Os enfermeiros ficaram chocados com as afirmações do primeiro-ministro. Entendemos que são excessivas, injustas e até mesmo ofensivas para com uma classe profissional que tanto tem dado ao Serviço Nacional de Saúde e ao nosso país”, diz Carlos Ramalho.

“Tem de haver alguma contenção. Nós, os enfermeiros somos pessoas pacíficas, estamos tranquilos, estamos a fazer uma luta muito justa e digna e não nos parece justo que nos tratem desta forma”.

Nestas declarações à Renascença Carlos Ramalho diz ainda que os enfermeiros estão dispostos a prolongar a greve até onde for necessário e não descarta a possibilidade de outras formas de luta.

“Estamos dispostos a levar esta greve cirúrgica ao seu terminus, no dia 28 de fevereiro, e depois avaliaremos a situação e vamos considerar todas as formas de luta possíveis, pode ser greve cirúrgica, ou outras. Pode ser manifestações, ações de rua, greve noutros setores, não só nas cirurgias, greves gerais. Pode ser muita coisa”, conclui Carlos Ramalho.

Comentários
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  • Cidadao
    02 fev, 2019 Lisboa 16:30
    Com o crowfunding que permite a eternização da greve, com as portas do estrangeiro abertas de par em par para qualquer enfermeiro profissional e experiente emigrar - já emigraram 4500 ou mais ... - e obter um salário que por cá, só os administradores boys do governo têm, bem se estão borrifando os enfermeiros para "privatizações", "requisições" e outros bluffs do Costa. E não há assim tantos enfermeiros disponiveis, para ocupar o lugar dos que emigram, caso contrário não queriam que eles trabalhassem 50/60 h semana
  • Rui
    02 fev, 2019 Lisboa 13:12
    Talvez a privatização da enfermagem é algo que neste momento não estará completamente fora de hipótese.
  • Natercia
    02 fev, 2019 liboa 12:38
    Costa reagiu e bem a esta greve q é um atentado aos doentes .Os coisos deixaram-se queimar em lume brando perderam todo o apoio popular e toda a ação do governo contra esta coisa vai ter apoio popular e render votos.Nunca vao ter o q querem é impossível e irrealista e poderão ver anuladas as carreiras já negociadas e outras regalias .A subida de impostos que se está já a verificar não pode continuar se não estão bem com o q podem ter neste País emigrem há qem ocupe o vosso lugar.

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