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Lusodescendente detido na Venezuela. Portugal já pediu explicações

30 jan, 2019 - 10:16 • Marta Grosso com redação

É o único caso preocupante entre a comunidade portuguesa, diz o ministro dos Negócios Estrangeiros à Renascença. Santos Silva adianta que se Maduro não convocar eleições, será Guaidó a fazê-lo.

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O Governo português está a tentar perceber os motivos da detenção de um lusodescendente na Venezuela. A notícia foi conhecida nesta quarta-feira.

“Infelizmente, há um lusovenezuelano que foi e está detido e já ativámos toda a proteção consular para saber, junto das autoridades, porque é que foi detido, em que condições está, se tem advogado, se já tem culpa formada, etc”, garante o ministro dos Negócios Estrangeiros à Renascença.

Segundo Augusto Santos Silva, não há mais registo de incidentes que envolvam a comunidade portuguesa na Venezuela.

“É positivo que não tenha havido nenhum incidente e sobretudo é também muito positivo que nenhum português tenha sido ferido ou alvo de agressões ou insultos durante estes dias. Desse ponto de vista, que é a minha preocupação principal, quanto à segurança e ao bem-estar da comunidade portuguesa, eles estão assegurados, tanto quanto se pode dizer numa situação tão difícil quanto a que a Venezuela vive”, afirma.

Quanto à situação política, o chefe da diplomacia portuguesa avança que, para já, a União Europeia espera que o Presidente Nicolas Maduro anuncie eleições até ao fim de semana.

Até agora, respondeu que não. Se continuar a responder que não até ao fim do prazo, nós consideraremos que a única personalidade com autoridade e legitimidade bastante para convocar um processo eleitoral pacífico é o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó”, avisa.

Santos Silva justifica a medida com factos: “É evidente a rejeição popular do regime, é evidente o seu isolamento internacional”. Só “não é evidente quem é que está a ser apoiado pelo aparelho de segurança da Venezuela”.

Assim, neste momento, os sinais que chegam da Venezuela são, por um lado, “positivos – um deles a declaração das chefias militares, de que não entrarão numa guerra civil, para todos os efeitos” – e “negativos, que é esta intransigência de Maduro. Vamos ver a evolução que há até ao próximo sábado”.

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