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Marcelo sai do Panamá com "grande vontade" de se recandidatar à presidência

26 jan, 2019 - 17:54 • Aura Miguel (enviada ao Panamá) e Paulo Rocha (Ecclesia), com Lusa

Presidente diz que se recandidata se achar que é "a melhor hipótese para Portugal" e se Deus lhe der saúde.

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Marcelo admite recandidatar-se. Encontro no Panamá foi "um grande empurrão"
Marcelo admite recandidatar-se. Encontro no Panamá foi "um grande empurrão"

O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este sábado que sai da Cidade do Panamá, onde permanece até domingo para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), com “uma grande vontade” de se recandidatar.

Em conversa com a Renascença e com a Ecclesia e questionado se espera ser o chefe de Estado a poder receber as JMJ em Lisboa como chefe de Estado, começou por dizer: “Eu tenho dito que a minha decisão é só em meados de 2020.”

“Saio daqui – e amanhã [domingo] admito que mais – com uma grande vontade de, se Deus me der saúde e se eu achar que sou a melhor hipótese para Portugal, com uma grande vontade de me recandidatar”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre o que o faz ter dúvidas, o Presidente português adiantou: “Tenho de ter saúde e tenho de ver se não há ninguém em melhores condições para receber o papa”.

O chefe de Estado português falava aos jornalistas depois de ter participado na missa presidida pelo papa Francisco na basílica de Santa Maria la Antigua, padroeira do Panamá, e antes de um encontro com o seu homólogo panamiano.

Após consagrar altar, Papa saúda Marcelo no abraço da paz
Após consagrar altar, Papa saúda Marcelo no abraço da paz. Vídeo: Inês Rocha/RR

Marcelo Rebelo de Sousa, assumidamente católico praticante, chegou ao Panamá na sexta-feira à noite para participar nas suas primeiras JMJ.

“(…) Estou, verdadeiramente, muito entusiasmado, primeiro porque há muitos peregrinos portugueses, segundo porque há uma presença muto grande de episcopado português, terceiro porque há a presença – que sei que é muito significativa aqui para o Panamá – da imagem [peregrina] de Nossa Senhora de Fátima”, declarou.

Por fim, Marcelo Rebelo de Sousa referiu não esconder que veio “na expectativa, no desejo de que no final destas jornadas” haja uma “grande alegria para Portugal”, com a eventual realização da próxima edição da JMJ ser em Lisboa.

“Para nós, além de possível, é desejável. E todos nós já começamos a sonhar, mas só podemos sonhar, verdadeiramente, a partir de domingo, mas começamos a sonhar com o que será junto ao Tejo poder haver o acolhimento de milhares e milhares e milhares de jovens de todo o mundo, numa grande jornada de juventude, de fé, mas também de paz, de diálogo, de tolerância, de entendimento e poder isso realizar-se em Portugal que tem defendido a paz, a tolerância e o entendimento”, acrescentou.

As JMJ são um encontro de jovens de todo o mundo com o papa, num ambiente festivo, religioso e cultural.

Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito Presidente da República, à primeira volta, janeiro de 2016, sucedendo a Cavaco Silva no cargo.

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  • Helena Matos
    27 jan, 2019 coimbra 15:02
    O PR a perder o pé como já vem sendo hábito ultimamente Aproveitar a este momento para dizer q saiu com a ideia mais reforçada de se candidatar a um novo mandato é mais um dos populismos a q Marcelo não resistiu, dando a entender q sentiu um qualquer chamamento interior para o assunto. Já cansa tanto populismo. O homem não percebeu ainda que o recato faz parte das funções de um PR q se preze. Ou percebeu mas o ego é maior q tudo. Escusava de ter telefonado à Cristina em público; fazia-o em privado; escusava de dar a entender ao povão q a benção do Papa lhe iria cobrir um qualquer segundo mandato, guardava isso para si. Mas a caça ao voto é tentadora. Resta saber se tanto empenho não descamba num desilusão de todo o tamanho..

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