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Mais longo "shutdown" dos EUA chega ao fim mas só até fevereiro. Trump deixa ameaça

25 jan, 2019 - 18:34 • Redação

"Quero anunciar que chegámos a um acordo", declarou o Presidente, que voltou a defender a importância de se construir um muro na fronteira para travar a entrada de imigrantes.

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O Governo federal dos Estados Unidos vai reabrir durante três semanas, até 15 de fevereiro, enquanto decorrem as negociações entre republicanos e democratas para um acordo sobre o Orçamento e, em particular, sobre financiamento para o muro que Donald Trump quer erguer na fronteira com o México.

Numa declaração ao país a partir dos jardins da Casa Branca, o Presidente norte-americano confirmou esta sexta-feira a suspensão temporária do "shutdown", que começou há 35 dias. É a maior paralisação da História dos EUA até hoje.

"Quero anunciar que chegámos a um acordo para acabar com o shutdown”, declarou.

Donald Trump agradeceu aos funcionários públicos que estão sem receber ordenados há mais de um mês. “São pessoas fantásticas, grandes patriotas”, sublinhou.

O "shutdown" está suspenso até 15 de fevereiro, anunciou o Presidente, na esperança de comprar tempo para negociar um acordo com o Congresso sobre o Orçamento federal e políticas de imigração.

Trump voltou a defender a importância da construção de um muro na fronteira com o México e anunciou que uma comissão bipartidária vai começar a analisar pedidos de revisão da segurança fronteiriça.

Acredita que será possível alcançar “um acordo grande e seguro, trabalhando em conjunto com democratas e republicanos".

Emergência nacional ou novo "shutdown" se não houver acordo

Trump reafirmou que o muro instalado em locais estratégicos vai permitir reduzir drasticamente o crime nos Estados Unidos e salvar a vida de muitos migrantes que arriscam tudo para entrar no país.

Se o Congresso não desbloquear mais verbas, avisou, as autoridades poderão ser obrigadas a libertar migrantes detidos. E se não for alcançado um acordo "justo" no Congresso, acrescentou, o Governo vai voltar a paralisar.

Em alternativa, Trump pondera declarar emergência nacional na fronteira sul dos EUA para que as tropas norte-americanas comecem a construir o muro.

A notícia da suspensão do "shutdown" tinha sido avançada pelo jornal "Washington Post" citando fonte do Congresso, onde o acordo para reabrir temporariamente o Governo federal foi entretanto aprovado.

Os líderes do Senado e da Câmara dos Representantes e o Presidente Trump chegaram a um entendimento para reabrir temporariamente - durante três semanas - os serviços federais, enquanto decorrem negociações sobre as matérias orçamentais.

Trump exige 5,7 mil milhões de dólares para a construção de um muro na fronteira com o México. A oposição democrata rejeita essa possibilidade.

O Presidente propôs um acordo sobre imigração em troca do muro, mas os democratas rejeitaram a proposta ainda antes de ela ter sido formalmente apresentada.

O "shutdown" deixou pelo menos 800 mil funcionários públicos sem salários, gerando uma série de problemas nos serviços básicos do Estado.

Esta sexta-feira, centenas de voos ficaram em terra ou foram adiados nos aeroportos de Nova Iorque e Filadélfia, porque muitos controladores aéreos meteram baixa em resultado do "shutdown".

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