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Futebol

FC Crato chora o desaparecimento de Emiliano Sala

22 jan, 2019 - 12:45 • João Fonseca

O clube português foi o primeiro emblema do argentino como jogador de futebol. Emiliano Sala só fez um jogo pelos alentejanos e marcou dois golos.

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No FC Castro, a notícia do desaparecimento de Emiliano Sala foi recebida com surpresa e o dia tem sido vivido com tristeza, por um jogador que teve uma rápida passagem pelo clube do Concelho de Portalegre.

Paula Trapola, tesoureira do FC Crato, recorda a Bola Branca como chegou o avançado a Portugal e ao clube que ficou registado como o primeiro na carreira de Sala.

"Emiliano chega ao Crato através do amigo, Mauricio Vaschetto, que o conhecia, sabia que estava em Granada que não tinha clube na altura", começa por contar.

A preciosa ajuda do presidente da Câmara, José Correia da Luz, fez com que o clube conseguisse arranjar forma de trazer para Portugal o avançado que na altura se encontrava em Espanha. O clube português contactou a Federação Portuguesa de Futebol e confirmou que Sala ainda não tinha nenhum registo como jogador.

Na altura, José Manuel Curado,presidente do emblema alentejano, "era e é o motorista da Câmara Municipal do Crato e foi buscá-lo". "A primeira inscrição foi feita em Portugal por nós, pelo Futebol Clube do Crato", recorda Paula Trapola.

A história em Portugal não teve muitos capítulos. Sala "fez alguns jogos amigáveis" e apenas um oficial, diante do Gáfete, em que marcou dois golos na vitória por 4-0.

Só que a aventura por Portugal terminaria depois dessa exibição, que deixou uma marca das suas capacidades como futebolista.

"Passado esse jogo, passada essa semana, dois três dias, ele comunica à direção que se queria ir embora, queria ir para a Argentina. Que tinha lá a namorada e tinha de se ir embora e não queria ficar cá mais. Em dezembro, ele foi-se embora para a Argentina e nunca mais voltou", explica Paula Trapola.

A tesoureira do FC Crato recorda um "jovem muito calado, entrava mudo e saía calado, como se costuma dizer", mas que "era amigo e dava-se bem com toda a gente".

A dirigente do emblema alentejano deixa-se levar pela emoção para explicar que o momento no clube "não é fácil".

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