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Jerónimo de Sousa lança europeias com críticas às “contradições” do PS

17 jan, 2019 - 20:50 • Redação, com Lusa

Líder do PCP pede "escolhas" porque todas as eleições "somam".

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O secretário-geral do PCP lançou a candidatura às eleições europeias com críticas ao que disse ser as “contradições” do PS que impedem a resposta aos problemas.

Jerónimo de Sousa considera que "Portugal precisa de fazer escolhas" num ano em que todas as eleições "somam" para o reforço da Coligação Democrática Unitária (CDU), que junta comunistas e "Os Verdes".

Jerónimo de Sousa discursava na cerimónia de apresentação da candidatura ao Parlamento Europeu, encabeçada por João Ferreira, sob o lema "(andar para trás não) Avançar É Preciso - direitos, desenvolvimento, soberania", num muito concorrido cineteatro Capitólio, em Lisboa.

"Estas eleições para o Parlamento Europeu são a primeira de três eleições que se realizarão neste ano de 2019, onde todas somam e tudo pode somar positivamente com o reforço da CDU para dar força à construção do caminho alternativo que o país precisa para dar resposta aos muitos dos seus problemas que continuam adiados.", disse.

Para o líder do PCP, "todas somam com mais CDU para dar novos passos na alteração da correlação de forças na sociedade portuguesa e dar força à exigência de uma Europa a favor dos trabalhadores e dos povos" e "todas somam para dar força à concretização de novos avanços nas condições de vida dos trabalhadores e no desenvolvimento soberano do país".

"Sim, quantos mais votos e mais deputados eleitos pela CDU nas eleições de 2019, mais força à luta pela concretização de uma política alternativa em Portugal - a política patriótica e esquerda pela qual lutamos e Portugal precisa".

Segundo Jerónimo de Sousa, "não se foi mais longe, porque permanecem fortes constrangimentos e paralisantes contradições que impedem a resposta aos problemas".

"Contradições inerentes às opções do PS e do seu Governo minoritário, de submissão ao grande capital, à União Europeia e aos critérios constrangedores do euro, reforçadas por uma crescente convergência com PSD e CDS para garantir o essencial da política de direita em matérias e áreas nucleares da ação governativa", lamentou.

O secretário-geral comunista defendeu que "não se foi mais longe porque a CDU não tem ainda a força que é necessária para dar concretização a uma política alternativa".

"Portugal podia avançar mais e pode avançar mais com o reforço da CDU. Portugal precisa de fazer escolhas. Portugal não pode continuar a adiar a resposta aos seus problemas e à espera de ilusórias soluções para o seu desenvolvimento ditadas do exterior, como sempre fizeram sucessivos governos do PS, PSD e CDS. Soluções que nunca chegam, nem chegarão. Ilusão que o PS e o seu Governo continuam a alimentar com a infundada justificação de que é possível resolver os problemas mantendo intocável o atual quadro de constrangimentos do euro e as atuais políticas e orientações da UE", disse.

Sobre o cabeça de lista, Jerónimo de Sousa afirmou que, "pelas provas dadas, pela reconhecida experiência e capacidade demonstradas, pela dedicação e entrega ao trabalho e à causa da defesa dos interesses do nosso povo e país e da solidariedade entre os povos e sua luta, João Ferreira é a escolha que dá as maiores garantias de travar, juntamente com as forças que compõem a CDU e os outros candidatos, esta importante batalha eleitoral".

A dirigente de "Os Verdes" Heloísa Apolónia sublinhou que a UE está "notoriamente divorciada dos cidadãos", exemplificando com os diversos referendos passados e a atual problemática e "chantagens" do 'Brexit', e acrescentou que João Ferreira "é uma pessoa muito bem preparada, conhecedora da realidade, inconformada com as injustiças, interventiva e determinada nas soluções, coerente nas posições".

"É de vozes assim que o Parlamento Europeu precisa avidamente para benefício das populações", disse.

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