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Época gripal passada mostrou um SNS a "trabalhar no limite"

13 dez, 2018 - 09:13

Alerta é feito pelo pneumologista Filipe Froes no relatório do Observatório das Doenças Respiratórias sobre a gripe.

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Um Serviço Nacional de Saúde a trabalhar no limite, exaurido e sem reserva é o cenário traçado pelo Observatório das Doenças Respiratórias sobre a época gripal passada, com uma atividade de baixa intensidade, mas com elevado impacto nos serviços.

"A época gripal de 2017/2018 foi uma das menos intensas após a pandemia de 2009", mas teve impacto nas "instituições do SNS", indica o relatório deste ano do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias que hoje vai ser divulgado.

"Atendendo ao nível de atividade gripal de baixa intensidade e ao impacto verificado nas instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pensamos que esta desproporção pode ser um sinal de um SNS a trabalhar no limite, exaurido e sem reserva", refere o pneumologista Filipe Froes no capítulo do relatório do Observatório sobre a gripe.

Apesar de uma época gripal de baixa intensidade, foram registados 220 casos nas unidades de cuidados intensivos incluídas na rede de vigilância da gripe em cuidados intensivos.

A maioria dos internados em cuidados intensivos eram homens (58%), 56% com idade igual ou superior a 65 anos e 78% deles com doença crónica subjacente. Dos 98 casos em que o estado vacinal foi determinado, apenas 15 tinham sido vacinados.

Depois da pandemia de 2009, o Observatório assinala que a gripe registou um novo pico, embora menor, em 2016, ano em que morreram 123 pessoas. Destas mortes, 39 pessoas tinham menos de 65 anos e as restantes tinham 75 ou mais anos.

A gripe registou 123 mortes em 2016. Destes, 39 tinham menos de 65 anos, sendo que a maioria (56) tinha 75 ou mais anos.

Comentários
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  • Filipe
    13 dez, 2018 évora 13:48
    Todos os anos limpam as prateleiras com vacinas da gripe de estirpes não coincidentes com as que atacam , e depois é a miséria que se vê todos os dias . Tem um pormenor importante , os médicos e médicas das consultas abertas dos centros de saúde só empatam as urgências dos hospitais nestes casos , pois em muitas situações os doentes perdem lá tempo e depois ainda saiem com cartas para irem ás urgências hospitalares , por falta de meios dos centros de saúde . Os médicos e médicas das consultas abertas deviam era estar sentados e a atender os doentes para urgências pequenas mesmo em salas ao lado das urgências hospitalares a fim de logo na triagem , coisa que não existe nas consultas abertas , despistarem coisas leves . Não faz sentido as consultas abertas nos centros de saúde nem os centros de saúde abertos tanto tempo , pois as listas de espera nem por isso diminuem .
  • Luis Ribeiro
    13 dez, 2018 Faro 13:10
    Eis o resultado das famosas politicas do "sai 3 e entra 1", do fazer "mais com menos", das privatizações e PPP que iam permitir "aumentos de produtividade" e parcerias que iriam permitir ao Estado ter a capacidade que nunca poderia ter e outras frases muito bonitas que em nome de uma vontade de abocanhar serviços publicos para disso tirar chorudos proveitos, de inveja aos funcionários publicos que eram o bode expiatorio de todos os males e mais alguns, eis que chegamos a este ponto. Na verdade, são os serviços publicos que desprezavam, os funcionarios publicos que matrataram ao limite, que fazem com que serviços basicos funcionem em ponto de rutura, mas funcionem, muitas vezes em nome do bem de terceiros e quase da filantropia ao "doarem" horas extraordinarias sem fim ao sistema! Pois esses, está na hora de refletirem. Não os que tem comida todos os dias em cima da mesa, se passeiam e viajam em ferias. Falo daqueles que são manipulados e que muito pouco tem disto. Um dia perceberão o que lhes foi feito, e quando o perceberem os poderes instalados terão de recuar por muitos "receios privados" se manifestem em areas da nossa sociedade.

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