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2018 foi o segundo ano mais quente no Ártico

12 dez, 2018 - 09:03

A temperatura esteve 1,7 graus centígrados mais elevada do que a média dos últimos 30 anos e o aquecimento global foi duas vezes mais rápido do que a média mundial.

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Este ano, 2018, foi o segundo mais quente no Ártico desde 1900, quando começou a haver registos das temperaturas, segundo o relatório da Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).

A temperatura esteve 1,7 graus centígrados mais elevada do que a média dos últimos 30 anos e o aquecimento global foi duas vezes mais rápido do que a média mundial. O recorde absoluto data de 2016.

Os cinco anos mais recentes foram os mais quentes desde que há registos, de acordo com a NOAA, que coordenou um relatório de referência, escrito por mais de 80 investigadores de 12 países.

Aquele organismo depende diretamente da administração do presidente norte-americano, Donald Trump, que em novembro rejeitou um relatório sobre os efeitos das alterações climáticas, da responsabilidade de investigadores federais. Apesar disso, a NOAA publicou este ano a 13.ª edição do relatório sobre o Ártico.

“O Ártico enfrenta uma transição repentina, sem precedentes na História da Humanidade”, advertiu Emily Osborne, do programa da NOAA de pesquisa do Ártico, citada pela Agência France Presse.

No Oceano Ártico, o gelo forma-se de setembro a março, mas a temporada tem-se encurtado nos últimos anos. O gelo é menos espesso, mais jovem e cobre menos o oceano. O gelo velho, com mais de quatro anos, reduziu-se em 95% em 33 anos.

Segundo o relatório da NOAA, cria-se um círculo vicioso em que o gelo mais jovem é mais frágil e derrete mais cedo na primavera, com menos gelo a significar menos capacidade de refletir a luz solar, o que tem como resultado que o oceano absorve mais energia e aquece um pouco mais.

Os 12 anos de cobertura de gelo mais fraca são os últimos 12 anos.

O relatório indica que nunca houve tão pouco gelo de inverno no mar de Bering, entre a Rússia e o Alasca, como em 2017-2018. Habitualmente, o inverno mais forte chega em fevereiro, mas este ano o gelo derreteu naquele mês em proporções sem precedentes.

Donald Perovich, professor na Universidade de Dartmouth, no estado norte-americano de New Hampshire, refere que a perda de gelo atingiu “uma área do tamanho do estado [norte-americano] de Idaho”, cerca de 215.000 quilómetros quadrados em duas semanas de fevereiro, um terço do território francês.

Por outro lado, de acordo com a NOAA, a aceleração do derretimento da camada de gelo na Gronelândia estabilizou.

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  • CRISTIANO PASSARINHO
    12 dez, 2018 BURQA PRETA 22:11
    Viva o TRUMP que não alinha em cantigas de passarinhos,grilos e poluição com o dinheiro americano. Por que desapareceram os Mamuths,os Dinossauros,etc?? FOI POR CAUSA DA POLUIÇÂO DA ÈPOCA.

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