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Seminários e quartéis desativados poderão alojar estudantes universitários do Porto

26 out, 2018 - 16:48 • Henrique Cunha

A Reitoria confirma negociações, mas o presidente da Federação Académica do Porto adianta-se e revela que há um acordo "iminente".

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A Reitoria da Universidade do Porto (UP) está a negociar com responsáveis militares e de congregações religiosas no sentido de estudantes poderem ser alojados em estruturas desactivadas destas instituições.

Fonte da Reitoria admitiu à Renascença que há conversas adiantadas com algumas instituições - sobretudo congregações religiosas - e também com os responsáveis da Região Militar do Norte, mas o presidente da Federação Académica do Porto (FAP), João Paulo Videira, vai mais longe e adianta que está "iminente" um acordo.

"Há um acordo iminente, prestes a ser firmado com algumas organizações religiosas para a cedência de alguns espaços ou de parte desses espaços para alojar estudantes da Universidade do Porto. Sei de um espaço de um mosteiro na Maia e o outro será em Gaia, se não estou a cometer nenhum erro", adianta o dirigente estudantil.

Os contactos entre as diferentes entidades vão prosseguir. Uma das próximas iniciativas da Reitoria deverá passar por um contacto com os responsáveis pela Diocese do Porto.

Solução para o imediato

A UP tem cerca de 23 mil estudantes deslocados e nas residências dos serviços de Ação Social existem apenas 990 camas disponíveis. Nesta altura, para fazer face às necessidades precisaria de ter mais quatro mil ou cinco mil quartos.

Para fazer face às necessidades, a UP já contactou as autarquias do Grande Porto e fonte da Reitoria garantiu à Renascença que, na maioria dos casos, os municípios mostraram-se disponíveis para encontrar terrenos para novas residências. Câmaras como a de Matosinhos, a de Gaia, a de Valongo e a da Maia estão recetivas à ideia.

A Reitoria quer evitar que se repitam situações conhecidas de estudantes a pernoitar em carros ou em estações de comboio.

O relato de situações com algum dramatismo foi confirmado à Renascença pelo presidente da FAP, que lamenta o facto de os “preços do alojamento privado no Porto terem passado de românticos, há quatro anos, para se tornarem pornográficos”.

João Paulo Videira diz ter “conhecimento de algumas situações, nomeadamente de estudantes que pernoitaram provisoriamente nos seus carros que estavam aparcados no parque das faculdades”.

"Através dos serviços de Acão Social, também temos conhecimento de estudantes que pernoitaram provisoriamente em estações de comboio porque eram estudantes carenciados e não tinham lugar nas residências", remata.

Comentários
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  • 14 dez, 2018 15:04
    será para alojar estudantes ou os futuros imigrantes que aí véem , tal como aqueles sírios a quem é pago tudo enquanto alas pediátricas estão à espera de concurso para serem feitas , é óbvio não é ,as crianças não votam os futuros imigrantes votarão nos partidos que lhes derem tudo e mais alguma coisa , perpetuando-os no poder .Abram os olhos a democracia está a morrer à vossa volta e com a nossa cumplicidade .
  • FERNANDO MACHADO
    27 out, 2018 PORTO 15:03
    HÁ UM QUARTEL DESACTIVADO, EM RUÍNAS, NO CENTRO DA CIDADE, MAIS PROPRIAMENTE NA RUA DE SÃO. BRÁS. HÁ OUTRO EM LORDELO, JUNTO AO RIO DOURO, QUE SEGUNDO OS IDIOTAS DO COSTUME, ERA EXCELENTE PARA ALOJAR O INFARMED. O CHAMADO PATRIMÓNIO DO ESTADO, OU QUEM É RESPONSÁVEL POR ELE, SÃO ININPUTÁVEIS, PELO VISTOS. DEPOIS TEMOS O ZÉ PAGODE A PINCHAR NAS PAREDES QUE HÁ CASAS SEM GENTE E GENTE SEM CASA. ENFIM, O PAÍS DA BANDALHEIRA.

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