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Tancos. Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas reconhece "casos muito graves"

22 out, 2018 - 11:24

O almirante Silva Ribeiro abordou pela primeira vez o caso do furto e reaparecimento de armamento dos paióis de Tancos.

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O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) admitiu que os casos em volta do furto de armamento de Tancos "são todos muito graves", mas defendeu o "adequado apuramento dos factos, antes de uma condenação pública precipitada".

Entrevistado pelo jornal “Correio da Manhã”, o almirante Silva Ribeiro abordou pela primeira vez publicamente o caso do furto e reaparecimento de armamento dos paióis de Tancos para manifestar a convicção de que a confiança nas Forças Armadas não será afetada.

"Estou convicto de que os portugueses têm confiança e orgulho nas Forças Armadas e não confundem tais situações e os presumíveis implicados com uma instituição estruturante da Nação, onde, por mais difíceis que sejam as situações, prevalecem sempre os princípios da virtude e da honra, e os valores da disciplina, da lealdade, do zelo, da honestidade e da responsabilidade", sublinhou.

Depois de recordar que "são estes princípios e valores" que "dão reputação e prestígio às Forças Armadas", Silva Ribeiro assinalou que "as suas violações são graves e implicam consequências para quem as pratica".

O CEMGFA salientou que, em conjunto com os outros chefes militares, garantirá que "todos os militares cumprem escrupulosamente os seus deveres" e a "mostrar o extraordinário serviço que as Forças Armadas fazem ao serviço de Portugal".

Silva Ribeiro escusou-se a comentar a demissão do anterior ministro da Defesa Nacional, na sequência do caso de Tancos, embora realçando que o relacionamento com Azeredo Lopes "foi sempre muito cordial".

Sobre as medidas tomadas após o furto, o CEMGFA referiu o melhoramento do sistema de deteção eletrónica do Marco do Grilo (paióis da Marinha).

Quanto à perda de uma caixa de munições na rua, Silva Ribeiro respondeu: "A Marinha, de imediato, instaurou um processo de averiguações para apurar as razões e as responsabilidades associadas a este grave incidente".

"Foi identificada matéria suscetível de configurar infração disciplinar, que prossegue os trâmites legais previstos. Sei também que a Marinha já pôs em prática medidas destinadas a evitar que uma situação semelhante volte a ocorrer", acrescentou.

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