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Brasil

Herança Lula, Bolsonaro favorito e "fake news". 10 conclusões das eleições brasileiras

08 out, 2018 - 20:30 • Tiago Palma

Bolsonaro não conseguiu a maioria, mas é historicamente favorito a triunfar na segunda volta, no dia 28. Não venceu... mas levou muitos à vitória, incluindo os filhos. Já Haddad e o PT estão a contar espingardas à esquerda e centro. Mas Lula e, sobretudo, Dilma podem ser um tiro no pé. O que o domingo demonstrou e o que se augura.

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1) Haddad tem que se afastar de Dilma se quiser vencer. E Lula? É útil ou um “peso”?

Fernando Haddad não é uma escolha consensual no interior do PT. A primeira escolha foi sempre a do antigo Presidente Lula da Silva. Contudo, preso desde abril, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula, mesmo liderando nas sondagens, viu-se impedido de concorrer por decisão do Tribunal Superior Eleitoral – a Lei da “Ficha Limpa” veta a participação eleitoral a políticos condenados em duas instâncias do Judiciário.

Posto isto, seria necessário escolher um segundo nome. E o primeiro a ser ventilado foi o de Jaques Wagner, ex-governador baiano. Wagner defendia uma aliança eleitoral de centro-esquerda com Ciro Gomes (PDT), algo que Lula rejeitaria, seguindo-se o nome de Haddad como definitivo a menos de um mês da ida às urnas.

Haddad está intimamente ligado a Lula da Silva e Dilma Rousseff: foi ministro da Educação de ambos. E se as referências a Lula (no seu primeiro discurso pós-eleitoral Haddad referiu-se a este como “a maior liderança do PT", o que lhe valeu aplausos na sala onde discursava) o poderiam beneficiar, navegando a onda de popularidade que Lula ainda tem no país, qualquer aproximação a Dilma só afastará eleitorado. É que a popularidade da ex-Presidente é tão baixa que este domingo acabou em quarto lugar em Minas Gerais, falhando assim a eleição para senadora no seu estado-natal.

Mas Haddad continua a ser associado a Dilma pelo eleitorado. Desde logo por ter sido indicado como candidato por Lula (tal como Dilma o havia sido antes dele), e o eleitorado não se identifica com esse lugar de “testa-de-ferro”. Segundo o Datafolha, 49% dos eleitores não votariam num candidato indicado pelo ex-Presidente.

Mesmo entre os militantes “petistas”, muitos acreditam que, apesar do discurso mais radical que se seguirá à primeira volta eleitoral, Haddad, se eleito, acabará por fugir a esta linha na altura de indicar o seu Governo. Entre os erros governativos habitualmente apontados a Dilma Rousseff após a reeleição de 2014 está o ter escolhido Joaquim Levy (Levy esteve quase um ano no cargo, pedindo a demissão em dezembro de 2015) para a pasta da Economia. Os sindicatos voltaram-se contra o partido, considerando que as novas medidas de ajuste fiscal retiravam direitos aos trabalhadores.

Haddad visitará Lula na prisão para discutir a segunda volta. Para já, e mais do que afastar-se deste ou de Dilma, o discurso de Haddad vai no sentido de se distinguir de Bolsonaro. Este domingo, a partir de um hotel em São Paulo, Haddad apontou a direção do partido: “Sinto-me desafiado pelos resultados, que são bastante expressivos no sentido de nos fazer atentar para os riscos que a democracia no Brasil corre. A oportunidade de uma segunda volta é uma oportunidade inestimável que o povo nos deu e que nós precisamos saber aproveitar com sobriedade, mas também com sentido de responsabilidade. Sempre estive do lado da Liberdade e da democracia”, afirmou.

2) Quem apoia quem agora? A importância do centro-esquerda, da rejeição e da abstenção

A decisão sobre o sucessor de Michel Temer como Presidente brasileiro foi adiada para 28 de outubro, com a eleição a ser disputada entre Jair Bolsonaro, da extrema-direita, e Fernando Haddad, candidato do PT. A vitória de Bolsonaro na primeira volta eleitoral (46,1% contra os 29,8% de Haddad) foi só uma meia surpresa, pois as últimas projeções do Ibope já o deixavam no patamar dos 48%. Assim, Bolsonaro é o favorito a suceder a Temer. O que pode inverter esta tendência? Sobretudo dois factores. O primeiro é a chamada taxa de rejeição, ou seja, os eleitores que afirmam nunca votar num qualquer candidado: a rejeição do candidato da extrema-direita está nos 43%, enquanto a de Haddad se fica por 36%.

Mas talvez mais importante do que a taxa de rejeição são os apoios (políticos) que um e outro, Bolsonaro e Haddad, conseguirem angariar nas próximas semanas por parte dos candidados derrotados (e fora da segunda volta) na eleição de domingo. Muitos já se posicionaram. Não tanto a favor de Haddad, mas, acima de tudo, contra Bolsonaro.

É o caso de Ciro Gomes, do PDT, que ficou em terceiro lugar no domingo, com 12,5% dos votos. Gomes afirmou este domingo que fará parte da “oposição ao fascismo”. “A minha história de vida é uma história de defesa da democracia", declarou o candidato, garantindo depois que se reunirá nos próximos dias com os membros do partido antes de tomar uma posição oficial de apoio a Haddad.

Já Guilherme Boulos, do PSOL, que conseguiu apenas 0,58% dos votos dos brasileiros, declarou o seu apoio ao PT através da rede social Twitter. E escreveu: “Fizemos uma campanha de cabeça erguida e plantámos sementes para o futuro. Agora estaremos nas ruas para derrotar o fascismo e eleger quem representa a democracia: Fernando Haddad".

Ao lado de Bolsonaro aparenta estar, para já, o PSDB. É certo que o candidato Geraldo Alckmin (que alcançou apenas 4% dos votos no domingo) ainda se vai reunir na terça-feira com membros do partido, e é certo que no passado Alckmim se chegou a referir a Bolsonaro como “despreparado”, mas João Doria, que recebeu mais de seis milhões de votos para o governo de São Paulo e é uma figura importante do PSDB – derrotou, por exemplo, Haddad na eleição para a prefeitura de São Paulo em 2016 -, já afirmou que, por si, o apoio do partido irá para Bolsonaro. Ou melhor, “contra Haddad, o fantoche de Lula”.

Outro factor importante na segunda volta de 28 de outubro será a abstenção. Nesta primeira volta, a abstenção atingiu 20,3%, o valor mais alto desde 1998. Significa isto que quase 30 milhões de eleitores aptos a votar não o fizeram domingo. Se diminuir, importante (embora uma incógnita) será perceber qual a inclinação destes eleitores "em falta" – o voto no Brasil é obrigatório.

3) Quem vence à primeira, vence à segunda. A história vai repetir-se?

Foi sempre assim: quem melhor colocado ficou na primeira volta eleitoral, acabaria mesmo por vencer à segunda. A exceção foi Fernando Henrique Cardoso, pois este, em 1994 e 1998, conseguiu ser logo eleito Presidente à primeira – curiosamente, deixando Lula da Silva em segundo lugar. Desde o regresso das presidenciais diretas ao Brasil, em 1989, Fernando Collor de Mello, em 1989, Lula da Silva, em 2002 e 2006, e Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, apenas alargaram na segunda volta a vantagem percentual para o candidato adversário.

"Ele não" ou "fora PT". Brasileiros divididos após resultados da primeira volta
"Ele não" ou "fora PT". Brasileiros divididos após resultados da primeira volta

4) Droga, armas e outros crimes. 728 pessoas foram detidas

O Brasil está dividido entre apoiantes de Bolsonaro e do PT. Durante a campanha eleitoral a confrontação (verbal e física) nas ruas foi notória e preocupante. No domingo eleitoral não melhoraria. Curiosa é a apreensão de droga que ocorreu nas assembleias de voto: tudo somado, 3.645 quilos. Inenarrável foi a presença de armamento no local (houve até vídeos a circular de quem votasse com o cano da pistola em Bolsonaro), acabando por ser confiscadas 34 armas de fogo pelas autoridades. Mas a intervenção policial não se ficaria por aqui: houve 728 identificados por terem incorrido em "crimes eleitorais". Segundo o balanço das autoridades brasileiras, foram perpetrados 14 crimes contra candidatos e houve centenas (532 no total) de "incidentes de segurança" em locais de votação.

5) Apoia ou é apoiado (mesmo não sendo do PSL) por Bolsonaro? Então foi eleito na certa

147 milhões de brasileiros foram chamados às urnas para escolher um novo Presidente. Mas escolheriam igualmente membros da Câmara dos Deputados e do Senado, além de governadores e legisladores regionais em todo o país. O grande vencedor da noite foi o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, com 46,1% dos votos. E venceram todos aqueles que Bolsonaro apoiou (mesmo não sendo do seu partido, o PSL) ou que a ele apoiaram.

Um nome importante a reter aqui é o de Janaína Paschoal. A jurista tornou-se popular após ter sido convidada, em 2016, para argumentar no Senado a favor da destituição de Dilma Rousseff. Depois disso, chegou a ser ventilada (a própria terá recusado o convite) como possível vice de Bolsonaro. Este domingo acabaria por ser eleita deputada estadual em São Paulo com mais de dois milhões de votos, tornando-se na deputada estadual mais votada da história.

Já no Rio de Janeiro, o “efeito” Bolsonaro chegou a Wilson Witzel. O candidato do PSC a governador era até há bem pouco tempo um pefeito desconhecido dos eleitores, mas, e depois de declarar o seu apoio a Bolsonoaro, acabou por obter 41% dos votos no domingo, sendo o favorito a vencer na segunda volta.

6) Do PT quase só resiste a base eleitoral do Nordeste; Bolsonaro vence em toda a linha

De 26 estados, Bolsonaro triunfou no domingo em 17. E triunfou em estados, no Sul e Sudeste, que anteriormente foram pertença eleitoral do PT. Já Haddad venceu em nove, conseguindo manter o Nordeste, que há muito é um bastião da esquerda "petista". O mesmo é dizer que, apesar de tudo se decidir quanto à presidência só a 28 de setembro, Bolsonaro destroçou o PT.

Olhando à votação de Bolsonaro, a grande maioria dos votos (68%) teve origem no Sul e Sudeste. E importa lembrar que 58% dos eleitores do país vêm dessas regiões. Quanto ao Nordeste, o desempenho do candidato da extrema-direita foi irrisório, conquistando aí 15% da votação numa região que representa 27% do eleitorado brasileiro. Já Haddad conseguiu melhor votação (46%) no Nordeste do que nas regiões Sul e Sudeste juntas (38%).

Numa reação pelo Facebook, Bolsonaro diz que Haddad “tem muitos milhões” para gastar em campanha
Numa reação pelo Facebook, Bolsonaro diz que Haddad “tem muitos milhões” para gastar em campanha

7) As redes sociais são mesmo o palco do(s) Bolsonaro

Jair Bolsonaro é, de longe, o candidato com um maior número de seguidores nas redes sociais. No Facebook são 7,1 milhões e no Twitter 1,6 milhões. E tem-nas utlizado, Bolsonaro, sobretudo desde a tentativa de homicídio de que foi vítima em setembro, para fazer a sua campanha à presidência do Brasil, afastando-se de arruadas, comícios e até dos derradeiros debates televisivos.

Este domingo, e ao contrário, por exemplo, de Haddad, Bolsonaro não reagiu à noite eleitoral (como habitualmente o fazem os candidatos) num hotel do Rio ou São Paulo, em direito para os media brasileiros, optando por, em alternativa, realizar um direto (seguido por milhares de pessoas) no Facebook.

Sem direito a quaisquer perguntas, Bolsonaro optou por atacar primeiro a “herança” do PT. “Como herança, tivemos aqui um país que viu os seus valores familiares desgastados. Mergulhámos na mais profunda crise ética, moral e económica. Algo nunca visto. O nosso país está à beira do caos. Não podemos dar mais um passo à esquerda. O nosso espaço agora é para o centro-direita. Temos de unir o nosso povo, unir os cacos que nos fez o governo da esquerda no passado”, disse. Depois, ao melhor estilo de Donald Trump, procurou voltar os seguidores digitais contra o jornalismo: “Eles têm também parte dos media favorável aos seus propósitos. Não vai ser fácil. Eles [PT] têm milhares de milhões para gastar, vocês sabe disso! Eles têm dinheiro, têm um poder económico enorme”.

Mas Bolsonaro, pai, não é o único membro da família a recorrer às redes sociais para se promover. E promover a discórdia. Domingo, perto da hora de almoço, também o filho Eduardo Bolsonaro (candidato à reeleição como deputado federal pelo estado de São Paulo) recorreu ao Twitter para alertar sobre “problemas” nas urnas. E escreveu: “Prezados, em caso de problemas com a urna filmem, de preferência gravem lives e falem o Estado e zona e secção onde está ocorrendo o problema.” Importa recordar que o apelo de Eduardo fez os eleitores incorrer na ilegalidade de filmar o voto dentro da cabine eleitoral, acto punido pela Lei Eleitoral 4737/65.

Também o economista Paulo Guedes, anunciado como ministro das Finanças de Jair Bolsonaro, utilizou o direto no Facebook do candidato da extrema-direita para lançar suspeitas de fraude eleitoral. “Se tivéssemos confiança no voto eletrónico, já teríamos o nome do futuro Presidente da República decidido no dia de hoje [domingo]”, garantiu. O Tribunal Superior Eleitoral negou qualquer fraude.

8) Dilma falha eleição para o Senado; filho de Bolsonaro com votação recorde. Lava Jato não prejudica eleições

A eleição de domingo visava encontrar um novo Presidente, mas igualmente membros da Câmara dos Deputados e do Senado, além de governadores e legisladores regionais. Presidente ainda não houve. Mas houve surpresas para os restantes lugares.

A ex-Presidente Dilma Rousseff, por exemplo, ficou em quarto lugar em Minas Gerais e falhou assim a eleição para senadora naquele que é o seu estado-natal. Já entre os filhos de Bolsonaro, Eduardo conseguiu ser eleito com o maior número de votos de sempre (o recorde pertencia ao candidato nacionalista Enéas Carneiro, em 2002) para um deputado federal, com 1,81 milhões de votos, enquanto Flávio ficou em primeiro lugar (teve mais de 4,3 milhões de votos) na corrida para senador pelo Rio de Janeiro.

Surpreendente foi a eleição de cinco réus (incluindo o até agora senador Aécio Neves, do PSDB, que optou por candidatar-se a deputado federal), 24 investigados e seis denunciados do caso Lava Jato. Outros cinco alvos da operação vão disputar a segunda volta.

Onze congressistas que são réus no Supremo Tribunal Federal (em casos não relacionados com o Lava Jato) foram igualmente a votação; oito acabariam derrotados nas urnas, com destaque para André Moura, do PSC, que foi até agora líder do governo de Michel Temer no Congresso e perdeu a eleição para o Senado em Sergipe.

Apoiantes de Bolsonaro saem à rua em protesto contra o voto eletrónico
Apoiantes de Bolsonaro saem à rua em protesto contra o voto eletrónico

9) Os “petistas” só votam à segunda-feira? As “fake news” deste domingo

No domingo, Flávio Bolsonaro, que é candidato ao Senado, partilhou nas redes sociais um vídeo que mostrava uma urna eleitoral alegadamente adulterada. Segundo se pode ver nas imagens, quando um eleitor clica na tecla 1 do computador o voto é automaticamente entregue ao candidato número 13, Francisco Haddad. Não tardaria a que o Tribunal Superior Eleitoral viesse declarar as imagens “falsas”. É certo que 2.400 urnas foram substituídas em todo o Brasil, o que representa 0,45% dos aparelhos utilizados, mas nenhuma apresentava “defeitos" desta ordem.

Não foi a única notícia falsa a circular durante as eleições. A mais caricata (e perigosa) diz respeito a um suposto comunicado do PT, comunicado onde o partido de Haddad pedia aos apoiantes que votassem apenas na segunda-feira. Na mensagem, ilustrada com as imagens de Lula da Silva e Haddad, podia ler-se: “Em virtude dos protestos e manifestações que poderão ocorrer no dia 7 de outubro contra o nosso Partido, nossos eleitores estão sendo convocados a irem votar no dia 8 de outubro. Prezamos pela segurança de todos, com isso os mesmos serão contemplados com café ou suco, pão com mortadela e frutas vermelhas em suas zonas eleitorais. Para os que trabalham, esses receberão no término da votação o atestado que dará o direito de folgar durante a semana inteira, do dia 8 ao dia 11 de outubro”. Naturalmente, o comunicado é falso.

10) Bolsonaro da classe média, Haddad dos pobres: primeira volta mostra um eleitorado divido por classes

“Queremos unir os democratas do Brasil, queremos unir as pessoas que têm atenção aos mais pobres desse país, tão desigual. Queremos um projeto amplo para o Brasil, profundamente democrático, mas também que busque, de forma incansável, justiça social.” O discurso é de Fernando Haddad, em reação, no domingo, aos resultados eleitorais.

Haddad sabe que está aqui, nas classes mais desfavorecidas do Brasil, o seu eleitorado, enquanto Bolsonaro tem maior aceitação na classe média e média-alta – embora recolha também o apoio da Igreja Evangélica e, sobretudo, do bispo Edir Macedo, fundador da IURD, o que lhe trará na certa votos (os fiéis da IURD têm quase todos baixos recursos económicos) de outras classes que não essas.

Olhando aos resultados deste domingo, e concretamente ao Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro, Bolsonaro supera Haddad em cidades com qualidade de vida superior. O candidato da extrema-direita conseguiu 58% dos votos em cidades onde este índice é maior, face aos 18% que alcançou em cidades mais pobres. O padrão de Haddad foi o inverso: 66% nos municípios mais pobres e 20% em ricos.

Comentários
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  • Claudia
    11 out, 2018 Luanda 02:15
    Viva o Brasil
  • prof. Pardal
    10 out, 2018 Lx 15:32
    Antes Bolsonaro que ladrões no poder.
  • VIRIATO
    09 out, 2018 CONDADO PORTUCALENSE 15:47
    Jair Bolsonaro, quando vieres ao Condado Portucalense, cá estarei eu para te receber com a dignidade e estadismo que tem faltado a um professor martelo aqui do burgo. E olha que não faltam Portugueses que te admiram por teres chegado a onde chegastes sem ajuda dos jornaleiros da censura vigente. Bem haja e bem vindo Jair Bolsonaro. Anónimos da turma do arco-íris saiam da toca se tiverem coragem.
  • FERNANDO MACHADO
    09 out, 2018 PORTO 10:42
    A PROCISSÃO AINDA VAI NO ADRO. A MANIPULAÇÃO DA ESQUERDALHA NÃO CONSEGUIU OS SEUS INTENTOS. MAS SE O HOMEM GANHA, COMO TUDO LEVA A CRER, OS PASQUINEIROS VIRAM-SE PARA ELE A BAJULA-LO E A DIZER QUE, AFINAL, ELE É O MELHOR DO MUNDO E ARREDORES. SINAIS DOS TEMPOS.

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