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Governo foi alertado para elevado risco de incêndio em Sintra

08 out, 2018 - 11:36

Relatório, elaborado por peritos da Comissão Europeia, foi entregue no gabinete do secretário de Estado das Florestas.

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Em Maio deste ano foi publicado um relatório de peritos da Comissão Europeia que sugeria um elevado risco de incêndio no Parque Natural Sintra-Cascais, onde ontem arderam 600 hectares. O documento, que terá sido entregue ao secretário de Estado das Florestas, dá ainda conta de “evacuações comprometidas” pela escassez de “tempo e recursos”, como adianta a edição do jornal "Público".

Os autores do relatório terão reforçado a importância de alertar os habitantes e visitantes de Sintra para o risco que correm, face à inadequação das medias de prevenção em vigor. A limitação de recursos do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas foi também uma preocupação apontada por estes peritos.

A criação de rotas de fuga, de planos de autoproteção para a construção e urbanização e o apoio a pessoas que necessitam de recorrer a queimadas, são algumas das medidas preventivas sugeridas no relatório.
O incêndio que anteontem deflagrou junto ao convento de Peninha veio comprovar a previsão feita cinco meses antes pela Comissão Europeia. Apesar de não integrar a lista dos grandes fogos florestais de 2018, foram contabilizados 21 feridos ligeiros, na sequência deste incêndio, e estiverem envolvidos no combate às chamas mais de seis centenas de operacionais.
Miguel João de Freitas, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, a quem terá sido entregue o relatório datado de maio, ainda não comentou a notícia nem adiantou possíveis medidas de prevenção adotadas pelo executivo. As operações de rescaldo e vigilância prosseguem, esta segunda-feira, com o apoio de militares.

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