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China prepara-se para controlar informação religiosa na internet

11 set, 2018 - 08:15

A difusão de atividades de caráter religioso online passa a depender de uma licença governamental.

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A China está a preparar uma nova lei para combater a promoção “caótica e ilegal” da religião na internet. A informação é avançada, esta terça-feira, pelo jornal oficial do regime, o "Global Times".

Todas as organizações que quiserem disseminar informações religiosas online serão obrigadas a solicitar uma licença aos governos locais, adianta o jornal, citando documentos políticos. Contudo, essa licença não permitirá a transmissão online de cerimónias ou atividades religiosas.

A disseminação de informação religiosa em qualquer outro local que não a plataforma online de cada organização também é proibida.

A normativa contempla ainda a proibição de toda a informação que "incite à subversão, se oponha à liderança do Partido Comunista Chinês, ou vise derrubar o sistema socialista e promover o extremismo, terrorismo e separatismo".

As autoridades chinesas têm aumentado o controlo sobre as atividades religiosas, com novas responsabilidades legais e multas.

Os chineses são livres de praticar qualquer religião, desde que seja oficialmente reconhecida pelo governo, que tem reprimido repetidamente atividades religiosas não autorizadas.

Várias organizações internacionais e não-governamentais denunciaram abusos e repressão contra a minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigure, incluindo a detenção em campos de reeducação política, no noroeste do país.

As autoridades também demoliram várias igrejas, alegando tratarem-se de construções ilegais.

Comentários
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  • J.J.
    11 set, 2018 Juncal 13:44
    Jornalismo da treta! Então lá por ter que se ter licença já se é controlado?? Então quer dizer que a RR é controlada pelo governo?? Ou será que a RR não tem licença para difusão radiofónica?! Se a RR não tem licença, é uma rádio pirata...
  • Sasuke Costa
    11 set, 2018 11:11
    Que fique preto no branco que este não é o Reino de Deus, que todas as formas de subverter as populações para obter dessa forma poder terreno não é obra de Deus. A espada desembainhada, relatada no novo testamento, não é para outro senão para si mesmo, cada um tem de lutar com ferocidade contra si próprio e nunca como forma de se impor aos outros, o Novo Testamento é um livro de morte e de renascimento. É com grande esperança que vejo esta clarificação do regime quanto à religião nomeadamente cristão. Não se pense ser mais amados os que nascem com benesses dos infortunados que nascem em caminhos de espinhos tal como não é lógico pensar que Deus tem aspirações de gestão política neste mundo. Nunca pode o Comité Chines pôr em causa a sua organização política porque nesta mesma organização se purga a corrupção e injustiça o que muito fere e apoquenta a besta, que continue igual a si própria, que reconheça o Homem como animal sagrado e a sua sexualidade como a sua identidade e leitmotive (que se aspira, no Novo Testamento que o não leve à sua perdição).

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