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Novo cardeal celebrou missa em Santo António dos Portugueses

30 jun, 2018 - 20:12 • Aura Miguel Renascença/Ecclesia

D. António Marto sublinhou a importância de “tocar as feridas do outro”, aceitando-o “pelo que o outro é, mesmo na sua fragilidade”.

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D. António Marto celebrou este sábado missa em Santo António dos Portugueses, uma igreja à qual o novo cardeal está muito ligado desde os seus tempos de Roma, quando ali estudou durante sete anos.

A missa de ação de graças foi celebrada “com o coração cheio de alegria”, com a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, e alguns autarcas sentados na primeira fila, bem como algumas dezenas de peregrinos de Leiria que se reuniram ao seu bispo.

D. António sublinhou a importância de “tocar as feridas do outro”, aceitando-o “pelo que o outro é, mesmo na sua fragilidade”.

O novo cardeal falou das “periferias humanas e existenciais que Jesus enfrentou com misericórdia” e recordou as palavras do Papa quando, na missa do consistório, disse aos novos cardeais que “tocar a carne sofredora dos outros” é prosseguir com a “revolução da ternura de Deus”.

“Também nós, como seus discípulos, também a Igreja deve ousar abraçar e tocar, cuidar e curar a carne de Cristo nos mais frágeis, nos mais vulneráveis, nos mais pobres, em todos e todas aqueles que sofrem, nos doentes, nos sós, nos abandonados, nos prisioneiros, nos refugiados, nos excluídos, nos rejeitados, nos escravizados.”

O bispo de Leiria-Fátima falou da igreja de Santo António como um “sinal da presença de Portugal em Roma”, onde celebrou várias vezes, nos seus tempos de estudante na capital italiana.

A Eucaristia foi concelebrada por 19 padres e dois bispos, D. Amândio Tomás, bispo de Vila Real, e D. Serafim Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria-Fátima.

D. António Marto recordou, na sua intervenção, que Jesus tocou quem era considerado “impuro”, pessoas sobre quem tinha sido declarada a “morte cívica”, indo ao encontro das “periferias humanas e existenciais”, até aos extremos das “consequências que isso trazia”.

“São ações de misericórdia, de salvação, de vida nova”, acrescentou.

No final da missa, o reitor daquela igreja, monsenhor Borges, seu antigo aluno, recordou D. António Marto como “um homem bom, mas muito exigente”.

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