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Professores. Mário Nogueira acusa Costa de usar "números fraudulentos"

06 jun, 2018 - 15:00

Secretário-geral da Fenprof contesta a conta dos 600 milhões. São "números fraudulentos com a intenção de manipular a opinião pública”.

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O secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, acusa o primeiro-ministro de mentir sobre o custo das progressões das carreiras docentes em 2018.

Em declarações aos jornalistas, esta quarta-feira, no parlamento, Mário Nogueira acusou o Governo de usar “números fraudulentos com a intenção de manipular a opinião pública”.

Nogueira referia-se aos valores apresentados na terça-feira no parlamento por António Costa, sobre os 600 milhões que custam aos cofres do Estado a recuperação dos anos de serviço em que os docentes tiveram as carreiras congeladas: “Os 600 milhões só são verdade se fossem devolvidos na totalidade este ano ou no próximo”, sublinhou o secretário-geral da Fenprof.

Mário Nogueira diz que aceitaria a proposta que o Governo voltou a colocar em cima da mesa sobre a recuperação do tempo de serviço congelado, caso se tratasse de "uma primeira tranche".

“O senhor primeiro-ministro disse ontem [terça-feira] que os dois anos e nove meses é para o próximo ano? Ai se for isso, se for a primeira tranche no próximo ano, então está bem”, afirmou, durante a audição parlamentar na Comissão de Educação e Ciência a pedido do PCP.

Na terça-feira, o primeiro-ministro afirmou no parlamento que a proposta do Governo continuava em cima da mesa, caso os sindicatos quisessem retomar as negociações.

O anúncio foi feito um dia após o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, ter anunciado que retirava a proposta uma vez que não havia qualquer cedência por parte dos 23 sindicatos, com quem tinha estado reunido durante todo o dia.

O secretário-geral da Fenprof recordou que os sindicatos estão disponíveis para que o processo seja feito de forma gradual, mas exigem que sejam contabilizados para efeitos de progressão na carreira todos os anos de serviço congelados: nove anos, quatro meses e dois dias.

O Governo diz só ter condições financeiras para devolver dois anos e nove meses.

Comentários
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  • Antonio Sampai
    08 jun, 2018 Guimaraes 17:13
    O Sr Mário Nogueira è uma vergonha.Se capacite.O que o governo está a negociar é muito bom.Me envergonha como pertencente à esquerda.
  • Helena Matos
    07 jun, 2018 Coimbra 03:11
    Bom, afinal "much ado about nothing", como dizia o outro. Andava cada um a falar pra seu lado, todos à trolha a ao murro mas afinal já está tudo contentinho outra vez. Afinal era tudo uma questão de tranches e ninguém tinha percebido isso. O Mario das nozes meteu a viola no saco e a malta docente já nao faz greve aos exames. Quando muito a coisa pode ficar preta lá para o início do próximo ano. Pelo meio ficou sem se perceber bem se foi o Costa q levou um puxãozito de orelhas do PR e veio dar o dito por não dito (mandando às urtigas o ME mais a chantagem q o dito cujo fez e que não lembraria ao careca), se foi o próprio Mário professor que nao soube interpretar as palavritas dos interlocutores ou se não foi nem uma coisa nem outra e se foi o BE q pediu por mor de Deus deixem lá o governo em paz q isto ainda vai dar molho, qualquer dia temos as eleiçoes à porta e a malta nestes (des)propósitos. O q importa é que já está tudo amiguinho outra vez e vamos todos dançar e bailar juntos pelo menos até setembro. Toca a aproveitar.
  • lv
    06 jun, 2018 Loures 18:11
    Mas que grande Besunta este mercenário, calaceiro, pastor de professores! Nunca esta canalha esteve tão proxima da extrema direita!

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