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Costa defende legalização da eutanásia na abertura do Congresso

25 mai, 2018 - 20:44 • Raul Santos

O líder do PS abriu o congresso com uma evocação da fundação do partido e dos seus valores de raiz, como o da liberdade, em nome da qual defende o "direito a uma morte digna".

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Costa defende legalização da eutanásia. E a legislatura é para cumprir "até ao último dia"
Costa defende legalização da eutanásia. E a legislatura é para cumprir "até ao último dia"

O secretário-geral do PS, António Costa, deu um sinal claro em defesa da aprovação da legalização da eutanásia, no discurso de abertura do 22.º Congresso do partido, que começou esta sexta-feira, na Batalha.

"Há sempre novos desafios que se colocam à liberdade, novas oportunidades de alargamento do espaço da liberdade, respeitando a consciência de cada um, não impondo a ningém qualquer comportamento, mas assegurando a todos que queiram ter uma morte digna poderem recorrer à eutanásia, como defenderemos, na próxima semana, na Assembleia da República", declarou Costa.

O líder socialista vinha numa sequência em que enumerava o papel que o PS, "desde os finais dos anos 90, tem no alargamento do espaço das liberdades individuais".

"Libertámos as mulheres da criminalização da interrupção voluntária da gravidez e defendemos a liberdade de cada um formar família que bem entender formar", exemplificou.

Defendendo que os valores fundadores do PS têm de atravessar "todos as gerações e todos os tempos", Costa enquadrou a defesa do partido de medidas habitualmente designadas como fraturantes numa lógica em que valores como o da liberdade "têm de ser reinterpretados por cada nova geração, porque em cada nova geração surgem novos desafios".

“O que dá esta identidade ao PS é um corpo de valores, uma atitude, uma forma de estar na vida política. É uma cultura. Porque esses valores são os mesmos que fundaram o PS: são os valores da liberdade, da democracia, igualdade, solidariedade, integração na UE sem sacrificar Portugal, são os valores do progresso e inovação”, declarou.

Para o líder socialista, a chave é preservar os valores mas “reinterpretá-los com espírito reformista e progresso”, porque “esses valores exigem adaptação aos novos desafios que temos de enfrentar”.

O início da intervenção de abertura de António Costa foi marcado por uma evocação das raízes fundadoras e de Mário Soares. "Mário Soares deixou-nos um grande partido", proclamou.

Comentários
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  • Manuel
    26 mai, 2018 Coimbra 14:44
    Deplorável, hediondo e repugnante! Tantos(as) deputados(as), e até o primeiro ministro – que são pagos(as) pelo erário público – ocupados(as) em defender tal bandalheira ética/moral, puramente sanguinária, tal como é a relativa à prática da matança de seres humanos nascituros (práticas inerentes ao género de ideologias onde se inserem as ideologias sexuais «pró-matança» de seres humanos nascituros). Os(as) deputados(as) que defendem tais projetos de lei chegam ao cúmulo ao apresentar implicitamente a matança de seres humanos doentes, por solicitação, como um comportamento que dignifica o ser humano, e, o sofrimento humano como causador de perda de dignidade da vida humana e como argumento válido para violar a vida humana, isto é, para consentir na matança de seres humanos, por solicitação. A frieza monstruosa que perpassa as propostas de lei que apresentaram faz lembrar a frieza de ditadores sanguinários. ...
  • Manuel
    26 mai, 2018 Coimbra 14:41
    ... O que defendem é o mais fácil e barato. É mais fácil e barato ao Estado anuir e mandar matar (modo fácil de abreviar o tempo disponibilizado em cuidados especializados), do que humanizar os estados de maior sofrimento: com equipas especializadas, de modo personalizado, acompanhar e cuidar os casos mais raros de doentes com maior sofrimento. Chegam também ao cúmulo ao pretenderem que as pessoas que estejam com um estado psíquico/anímico turbado, não só pelo 'assédio' da dor, mas também por um ou vários géneros de sofrimento (relativamente a isto, o Estado muitas vezes é em parte cúmplice/corresponsável), tem liberdade até para envolver/coagir a outrem, para praticar em nome do Estado, a matança de seres humanos doentes. ...
  • Manuel
    26 mai, 2018 Coimbra 14:33
    ... Não se coibem da baixeza ética/moral que é incluir implicitamente a «matança» de seres humanos doentes na categoria de bens fruíveis, que salvaguardam, promovem e defendem a liberdade e a libertação dos estados de desespero e/ou de perda de sentido de vida. Até ousam apresentar implicitamente a solicitação da matança – por parte de seres humanos doentes que foram remetidos pela cultura do descarte, pelas ideologias degradantes/coisificantes/desumanizantes/alienantes, para o estado de «desespero»/«de perda de sentido de vida» – como um exercício de liberdade. Até defendem que aprovar a matança de seres humanos como meio para resolver o sofrimento é «alargar a liberdade». Igualmente deplorável, hediondo e repugnante é o uso descarado de eufemismos, como disfarçe para fins demagógicos, na tentativa de justificar tais iniquidades sanguinárias. Para os(as) propagandeadores(as) de tais iniquidades sanguinárias, a «matança» de seres humanos como meio para resolver o sofrimento, não é um acto, é um mero comportamento para ser exercitado banalmente em liberdade, como qualquer outro comportamento. E até ousam apresentar esta bandalheira sanguinária como um «progresso». Fica claro o que é que entendem por «progresso» e qual é a «cultura» que defendem. A resposta que pretendem que o Estado disponibilize para resolver o sofrimento é a matança de seres humanos doentes, diretamente e/ou por meio do apoio ao suicidio. ...
  • Manuel
    26 mai, 2018 Coimbra 14:31
    ... Todos os(as) que tem assento na Assembleia da República, que apresentam ter um nível de estatura ética/moral decorrente da formatação 'à imagem' segundo as ideologias degradantes/coisificantes/desumanizantes/alienantes (típicas da cultura «do descarte»/«da matança») e que ousam fazer propagandas politicas em defesa de tais iniquidades sanguinárias deviam ser expulsos da Assembleia da República e levar com pena máxima de prisão. Aliás, também os(as) deputados(as) que já trazem o nome manchado com o sangue dos milhares de seres humanos nascituros mortos em Portugal fruto da Lei relativa à matança de seres humanos nascituros, que aprovaram, deviam ser expulsos da Assembleia da República e levar com pena máxima de prisão.
  • Manuel
    26 mai, 2018 Coimbra 14:29
    ... Todos os(as) que tem assento na Assembleia da República, que apresentam ter um nível de estatura ética/moral decorrente da formatação 'à imagem' segundo as ideologias degradantes/coisificantes/desumanizantes/alienantes (típicas da cultura «do descarte»/«da matança») e que ousam fazer propagandas politicas em defesa de tais iniquidades sanguinárias deviam ser expulsos da Assembleia da República e levar com pena máxima de prisão. Aliás, também os(as) deputados(as) que já trazem o nome manchado com o sangue dos milhares de seres humanos nascituros mortos em Portugal fruto da Lei relativa à matança de seres humanos nascituros, que aprovaram, deviam ser expulsos da Assembleia da República e levar com pena máxima de prisão.

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