23 mai, 2018 - 14:52
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) poderá deixar de ser sustentável no curto prazo. O aviso foi feito esta quarta-feira pela Comissão Europeia no quadro das suas recomendações económicas a cada um dos Estados-membros da União Europeia.
"Portugal deve manter de forma consolidada a redução do défice e da dívida, recomendamos que o país garanta que o crescimento da dívida do Estado não exceda os 0,7% em 2018, o que corresponde a um ajustamento estrutural de 0,6% do PIB. Isso pode ser conseguido através de um reforço do controlo da despesa assegurando gastos mais eficazes e uma orçamentação adequada, em particular no sistema de saúde", referiu Pierre Moscovici em Bruxelas.
Na mesma conferência, o responsável europeu pelos Assuntos Económicos reafirmou que Portugal já não apresenta desequilíbrios excessivos, mas recomendou a aplicação de reformas para garantir a sustentabilidade das contas.
À mesma hora, no Parlamento português, o ministro das Finanças contrariou as críticas que sugerem um quadro de desinvestimento na área da saúde.
"O Serviço Nacional de Saúde cresceu, entre 2015 e 2018, em 4.000 enfermeiros e 3.600 médicos. Entre abril de 2015 e abril de 2018, o SNS passou a ter mais 8.100 profissionais. Imagine o que era o SNS em abril de 2015 com menos 8100 profissionais. O que é que a senhora deputada vinha dizer a esta comissão, se pertencia a essa comissão nessa altura?"