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Os cardeais portugueses ao longo da História

20 mai, 2018 - 12:24 • Fonte: Patriarcado de Lisboa/Agência ECCLESIA

O Papa Francisco nomeou D. António Marto, como o mais recente cardeal português. Mas conhece os nomes que representaram Portugal no Colégio Cardinalício ao longo da história?

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MESTRE GIL

Filho do chanceler Julião, do tempo de D. Afonso Henriques. Mestre Gil (também aparece com o nome de Egídio), foi tesoureiro da Sé de Coimbra e Cónego de Viseu. Foi este o primeiro Cardeal português, criado pelo Papa Urbano IV (1195- 1264).


D. PAIO GALVÃO

Nasceu em Guimarães. Sendo Mestre de Teologia em Paris, D. Sancho I mandou-o a Roma como embaixador de obediência, tendo sido feito Cardeal, em 1206, por Inocêncio III, com o título de Santa Maria in Septisolio.


D. PEDRO JULIÃO OU PEDRO HISPANO

O único português que foi Papa. Natural de Lisboa, era designado, no seu tempo, como filósofo, teólogo, cientista e médico, e autor de várias obras científicas. Estando em Roma, depois de participar no concílio ecuménico de Lião, tratou o Papa Gregório X de uma doença dos olhos, sendo elevado a Cardeal em 1274. Foi Papa com o nome de João XXI, desde setembro de 1276 a maio de 1277. A importância do seu talento de homem de ciência mereceu-lhe ser referido por Dante, na Divina Comédia (Paraíso, canto XII). A sua morte deveu-se a um desastre na Catedral de Viterbo, cujas obras acompanhava. Ficou ali sepultado. Em março de 2000, por um especial empenho do Presidente da Câmara de Lisboa, João Soares, foi-lhe concedido um lugar mais honroso dentro da catedral, sendo então transladado para a nave central.


D. ORDONHO ALVAREZ

Abade fonselense, nascido em Portugal foi Bispo de Salamanca (1272), passando, depois, para o arcebispado de Braga por vontade de Gregório X, em substituição de Pedro Hispano, depois da elevação deste ao cardinalato. Em 1278, o Papa Nicolau III elevou-o também a Cardeal-Bispo.


PEDRO DA FONSECA

Nasceu em Olivença. Foi criado Cardeal pelo antiPapa Bento XIII (Pedro de Luna), com o título de Santo Angelo na Pescaria, em 1409. Quando os Concílios de Pisa e Constança proferiram sentenças contra o antiPapa, passou D. Pedro da Fonseca a obedecer ao Papa de Roma, Martinho V, que o fez Cardeal do mesmo título em 1419.


D. JOÃO AFONSO DE AZAMBUJA

Bispo de Silves, Porto e Coimbra. Foi Arcebispo de Lisboa, em 1402, e elevado ao Cardinalato em junho de 1411, por Gregório XII.


D. ANTÃO [ANTÓNIO] MARTINS DE CHAVES

Natural de Chaves, segundo uns, ou do Porto, segundo outros, foi bispo nesta última cidade (1424). Criado Cardeal Presbítero do título de S. Crisógono, pelo Papa Eugénio IV, em 1439. Em Roma, foi solícito promotor dos peregrinos pobres portugueses, fazendo ampliar o hospital (1440) a partir de uma albergaria hospício que tinha sido fundada por uma benemérita senhora de Lisboa, em 1363, e que viria a ser o prelúdio do atual Instituto de Santo António dos Portugueses.


D. JAIME DE PORTUGAL

Filho do Infante D. Pedro, foi Arcebispo de Lisboa. Depois do desastre da batalha de Alfarrobeira, (1449), D. Jaime, com os seus irmãos, D. João e D. Beatriz, retiraram-se para Flandres. É enviado a Roma já depois de ter sido eleito arcebispo de Arras. Foi criado Cardeal-Diácono pelo Papa Calisto III, em 20 de fevereiro de 1456, com o título de Santo Eustáquio.


D. JORGE DA COSTA (Cardeal de Alpedrinha)

Nasceu em 1406, na Vila beiroa de Alpedrinha. Estudou em Paris e foi prelado em várias dioceses: Bispo de Évora em 1463, Arcebispo de Lisboa, em 1464, Arcebispo de Braga, em 1501. Foi feito Cardeal pelo Papa Xisto IV, em 1476, com o título dos Santos Pedro e Marcelino. Dotado de invulgares qualidades, foi diplomata, e teve o maior valimento junto de D. Afonso V, de quem foi conselheiro e confessor, tendo sido também mestre-capelão da sua irmã, a infanta D. Catarina. Devido a incompatibilidades com o rei D. João II, foi viver para Roma, onde acabou por passar grande parte da sua vida.Deve-se a D. Jorge da Costa a criação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com todo o apoio que deu à Rainha D. Leonor, tendo, para o efeito, movido influências em Roma para que a nova instituição surgida em Portugal tivesse o reconhecimento do Papa. Foi também o Cardeal, que, a pedido da Rainha D. Leonor, facilitou a elaboração dos estatutos do Hospital das Caldas.


D. HENRIQUE

Filho de D. Manuel I, nasceu em Lisboa em 1512. Aos 22 anos era eleito Arcebispo de Braga pelo Papa Clemente VII. Foi feito Cardeal em 16 de dezembro de 1545, com o título dos Santos Quatro Coroados. Tornou-se o 17.º rei de Portugal em 1578, dois anos antes da sua morte.


INFANTE D. AFONSO

Era filho de D. Manuel I, que pretendera fazê-lo nomear cardeal aos três anos de idade, apesar de o pedido foi indeferido por inconstitucionalidade. O concílio de Latrão estipulara que não podia ser «dada catedral a menores de 30 anos». D. Manuel, conseguiu, no entanto, que o Infante fosse investido no arcebispado de Braga aos 15 anos, e aos 18 anos voltou a propô-lo para Cardeal, embora a prerrogativa inconstitucional se mantivesse. Porém, tendo o Rei enviado ao Papa a famosa embaixada de Tristão da Cunha, em 1514, com as primícias dos descobrimentos e testemunho de obediência, Leão X elevou a Cardeal o Infante D. Afonso (1517).


D. MIGUEL DA SILVA

Nasceu em Évora em 1486. Foi Bispo de Viseu em 1526. Amigo pessoal de Leão X e de Rafael, foi promovido a Cardeal in pectore em 1539, por Paulo III. Este o confirmou Cardeal, em 1541, com o título dos Doze Apóstolos.


D. VERÍSSIMO DE LENCASTRE

Nasceu em 1615. Filho de D. Francisco Luís de Lencastre, comendador-mor de Avis, e de D. Filipa Vilhena, aquela que armou cavaleiros dois dos seus filhos na madrugada de 1º de dezembro de 1640. Foi Arcebispo de Braga em1670, mas, em 1677, renunciou ao cargo. Foi elevado ao Cardinalato por Inocêncio XI, em 1686.


D. LUÍS DE SOUSA

Nasceu no Porto, em 1630. Foi Bispo em Bona (1671) e Arcebispo de Lisboa (1675). O Papa Inocêncio XII elevou-o ao Cardinalato, em 1697. Alcançou para todas as igrejas de Lisboa o jubileu do Lausperene, e foi Provedor da Misericórdia de Lisboa de 1674 a 1683.


D. TOMAS DE ALMEIDA – 1º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1670, em Lisboa. Foi Bispo de Lamego (1706), Bispo do Porto (1709) e o primeiro Patriarca de Lisboa (1716). O Papa Clemente XII fê-lo Cardeal em 20 dezembro de 1737.


D. NUNO DA CUNHA E ATAÍDE

Nasceu em Lisboa, em 1664. Foi Mestre de Artes em Coimbra e graduado em Direito Canónico. Cónego da Sé de Coimbra, Conselheiro de Estado, Inquisidor-mor, e capelão de D. Pedro II. Recusou a mitra de Elvas, sendo-lhe concedido o título de Bispo de Targa. Clemente XI elevou-o ao Cardinalato a 18 de maio de 1712.


D. JOSÉ PEREIRA DE LACERDA

Nasceu em Moura, em 1661. Bispo do Algarve (1716), foi elevado a Cardeal-Presbítero, pelo Papa Clemente XI, em 1719, mas só recebeu o capéu cardinalício das mãos de Inocêncio XIII, em cujo Conclave tinha participado.


D. JOÃO DA MOTA E SILVA

Nasceu em Castelo Branco em 1685. Cónego magistral da Colegiada de S. Tomé, foi criado Cardeal por Bento XIII no Consistório de 2 de novembro de 1727.


D. PAULO DE CARVALHO E MENDONÇA

Nasceu em 1702. Irmão do Marquês de Pombal, foi monsenhor da Patriarcal de Lisboa. O Papa Clemente XIV criou-o Cardeal em 29 de janeiro de 1770, mas faleceu antes de a notícia ter chegado a Lisboa.


D. JOÃO COSME DA CUNHA (Cardeal da Cunha)

Nasceu em Lisboa, em 1715. Formou-se em leis, e, em 1738, tomou o hábito de Santa Cruz. Enquanto Cónego da Ordem, como o nome de Frei João de Nossa Senhora das Portas, durante o terramot


o de 1755 percorreu as ruas descalço, de corda ao pescoço e com um crucifixo alçado, passando por entre os escombros anunciando penitência aos vivos e sufrágio pelos mortos. Inspetor da reedificação de Lisboa. Assumiu o arcebispado de Évora em 1760. A instâncias do Marquês de Pombal, Clemente XIV criou-o Cardeal no Consistório de 1770.


D. JOSÉ MANUEL DA CÂMARA – 2º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em Lisboa a 25 de dezembro de 1686. Bento XIV criou-o Cardeal em 10 de abril de 1747. A 10 de março de 1754 foi eleito Patriarca de Lisboa. Foi o Cardeal Patriarca que viveu o terramoto de 1755. Agastado com a perseguição que entretanto o Marquês de Pombal movera contra os Jesuítas, retirou-se.


22. D. FRANCISCO SALDANHA – 3º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em Lisboa, em 1723 e estudou na Universidade de Coimbra. Bento XIV elevou-o a Cardeal em 1756. A 25 de julho de 1758 era nomeado Patriarca de Lisboa.


D. FERNANDO DE SOUSA E SILVA – 4º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1712. Em dezembro de 1776 era eleito Patriarca de Lisboa, mas só foi sagrado em 30 de maio de 1779, sendo, em seguida, criado Cardeal por Pio VI.


D. MIGUEL DE NORONHA E SILVA ABRANCHES

Pertencente à casa de Valadares, foi principal diácono da Igreja Patriarcal. Foi criado Cardeal em 16 de maio de 1803.


D. PEDRO DE FIGUEIREDO DA CUNHA E MELO

Nasceu em Tavira em 1770. Foi Arcebispo de Braga (1840) e elevado a Cardeal Presbítero, com o título de Cardeal Figueiredo, em 1850.


D. JOSÉ FRANCISCO MIGUEL ANTÓNIO DE MENDONÇA – 5º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em Lisboa em 2 de outubro de 1725. Da casa real dos condes de Val dos Reis, licenciou-se em cânones, foi nomeado cónego, monsenhor e principal primário da igreja patriarcal. Sucedeu a D. Francisco de Lemos como reformador reitor da Universidade de Coimbra. Patriarca de Lisboa em 1786, foi criado Cardeal em 1788, por Pio VI.


D. CARLOS DA CUNHA E MENEZES – 6º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 9 de abril de 1759. Foi principal presbítero da Patriarcal, vindo a ser eleito Patriarca em 4 de julho de 1818 e elevado ao cardinalato em 1819. Foi conselheiro de Estado e membro da regência do reino durante a ausência de João VI, até 15 de setembro de 1820.


D. FREI PATRÍCIO DA SILVA – 7º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1756. Foi Bispo de Castelo Branco (1818) e Arcebispo de Évora (1819). Leão XII elevou-o a Cardeal em 1824. Tomou posse como Patriarca de Lisboa em 1826.


D. FREI FRANCISCO DE S. LUÍS – 8º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1766. Foi Bispo de Coimbra, em 1822 e Patriarca de Lisboa, em 1840. Conduziu todo o processo de reatamento das relações diplomáticas entre Portugal e a Santa Sé. Aceitou ser Patriarca de Lisboa por insistência de D. Maria II. Foi Criado Cardeal-Presbítero por Gregório XVI, em 1843.


D. GUILHERME HENRIQUES DE CARVALHO – 9º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1793. Foi Bispo de Leiria, em 1843 e Patriarca de Lisboa, em 1845. Foi vice-presidente da Câmara dos Pares e participou em Roma na definição dogmática da Imaculada Conceição, sendo-lhe conferidas várias distinções, entre outras, a de o Papa Pio IX lhe impôr o chapéu cardinalício depois de ter sido feito Cardeal por Gregório XVI, em 1846. Obteve para os Cónegos da Sé de Lisboa vários privilégios, entre outros, o de usarem batinas e murças de cor purpúrea, e para os dignatários do Cabido o de poderem usar mitra.


D. MANUEL BENTO RODRIGUES – 10º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1800. Nomeado Arcebispo de Mitilene (1845), foi Bispo de Coimbra (1851) e Patriarca de Lisboa (1858). Foi feito Cardeal-Presbítero em 1858.


D. INÁCIO DO NASCIMENTO MORAIS CARDOSO – 11º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1811. Nomeado Bispo do Algarve em 1863 e, depois, Patriarca de Lisboa, em 1871. Recebeu a dignidade de Cardeal-Presbítero em 1873. O barrete cardinalício ser-lhe-ia imposto em Lisboa pelo Rei D. Luís I.


D. AMÉRICO FERREIRA DOS SANTOS SILVA

Nasceu em Massarelos. Foi Cónego da Sé Patriarcal em 1858, desembargador e juíz da relação patriarcal. Em 1867 foi vogal da comissão encarregada de propor a nova circunscrição paroquial do continente e ilhas. Nomeado Bispo do Porto, em 1871, foi elevado ao Cardinalato por Leão XIII, no Consistório de 12 de maio de 1879.


D. JOSÉ SEBASTIÃO NETO – 12º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em 1841. Foi Bispo de Angola e Congo (1879), foi escolhido para Patriarca de Lisboa em 6 de abril de 1883. Elevado ao cadinalato em 1884, presidiu ao casamento do Rei D. Carlos e D. Amélia, na Igreja de S. Domingos, no dia 22 de maio de 1886.


D. ANTÓNIO MENDES BELO – 13º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em S. Pedro de Gouveia, em 1842. Governador do bispado de Pinhel (1874) e do bispado de Aveiro (1881), foi nomeado Arcebispo de Mitilene, em 1883. Assumiu a diocese do Algarve, em 1884, e o patriarcado de Lisboa, em 1907. Foi indicado para Cardeal in pectore no Consistório de 27 de novembro de 1911, por Pio X. Nesse ano seria expulso de Lisboa devido às convulsões políticas de então. Ficou exilado em Gouveia durante dois anos. Participou no Conclave em que foi eleito Bento XV, em 1914, tendo recebido das mãos deste o barrete cardinalício.


D. MANUEL GONÇALVES CEREJEIRA – 14º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em Lousado em 1888. Nomeado Arcebispo de Mitilene em 1928, foi Patriarca de Lisboa em 18 de novembro de 1929. No dia 16 do mês seguinte foi elevado a Cardeal da Ordem dos Presbíteros, com o título dos Santos Marcelino e Pedro. Era o mais novo dos purpurados, tendo recebido o barrete das mãos de Pio XI, ao mesmo tempo que o Cardeal Pacelli, mais tarde Papa Pio XII. Querendo apaziguar as relações com o Estado, devido às convulsões surgidas com a revolução republicana de 1910, tudo fez para que, em 1940, o Governo assinasse uma Concordata com a Santa Sé.Outro marco fundamental na ação deste Patriarca foi a criação da Universidade Católica.


D. TEODÓSIO CLEMENTE DE GOUVEIA

Nasceu na Ilha da Madeira em 1889. Foi Bispo titular de Leuce e Prelado de Moçambique (1936), e em 1941, Arcebispo de Lourenço Marques. Foi elevado a Cardeal-Presbítero, por Pio XII, no Consistório de 18 de fevereiro de 1946.


D. JOSÉ DA COSTA NUNES

Nasceu na Ilha do Pico (Açores) a 15 de março de1880. Foi Bispo de Macau (1920) e nomeado Arcebispo de Goa e Damão, com o título de Patriarca das Índias Orientais, a 11 de março de 1940. Em 16 de dezembro de 1953 renunciou ao governo da diocese, mantendo, porém, o título de Patriarca e ficando como arcebispo titular de Odesso, passando, então, a fazer parte da Cúria Romana, como vice-camerlengo da Santa Sé. No Consistório de 16 de março de 1962 foi elevado à dignidade cardinalícia, por João XXIII.


D. ANTÓNIO RIBEIRO – 15º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em S. Clemente (Celorico de Basto) em 21 de maio de 1928. Foi nomeado Bispo titular de Tigilava e Auxiliar do Arcebispo de Braga a 8 de julho de 1967. Em 13 de maio de 1971 foi nomeado 15º Patriarca de Lisboa. Paulo VI elevou-o à dignidade cardinalícia, com o título de Santo António in urbe, no Consistório de 5 de março de 1973.Foi o Cardeal Patriarca da transição entre a ditadura e a democracia em Portugal. Neste período, a sua coragem pastoral e mesmo lucidez política foram importantes para definir o espaço da Igreja no novo contexto social. Na Diocese, o seu pontificado coincide com o período de adaptação do Concílio Vaticano II: definição da corresponsabilidade dos leigos na ação pastoral da Igreja, incentivo à ação social como expressão organizada da caridade, consciência de que a missão é da Igreja enquanto enviada ao mundo. Por duas vezes, foi presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.


D. HUMBERTO MEDEIROS

Nasceu nos Arrifes, ilha de S. Miguel (Açores), a 6 de outubro de 1915. Bispo de Browsville, no Texas (1966). Arcebispo de Boston (1970). Criado Cardeal por Paulo VI, no Consistório de 5 de março de 1973.


D. JOSÉ SARAIVA MARTINS

D. José Saraiva Martins nasceu em Gagos de Jarmelo, Guarda, a 6 de janeiro de 1932. Entrou, em 1944, no seminário claretiano das Termas de São Vicente. Cursou teologia em Roma, tendo-se licenciado na Universidade Gregoriana. Depois de vários anos de docência nos seminários maiores da Província Claretiana, doutorou-se em Roma na Universidade de S. Tomás de Aquino. Em 1970 é nomeado professor de teologia na Pontifícia Universidade Urbaniana. Nomeado Reitor da mesma, desempenha este cargo de 1977 a 1983, e desde 1986 até ser nomeado arcebispo e secretário da Congregação da Educação Cristã, a 26 de maio de 1988. É ordenado bispo a 2 de julho de 1988, em Roma. Em 1998 é Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos. A 21 de fevereiro de 2001 é criado Cardeal.


D. JOSÉ DA CRUZ POLICARPO – 16º Cardeal Patriarca de Lisboa

Nasceu em Alvorninha, concelho das Caldas da Rainha, no dia 26 de fevereiro de 1936. Faleceu em Lisboa, no dia 12 de março de 2014.


D. MANUEL MONTEIRO DE CASTRO

Nasceu em Santa Eufémia de Prazins, Guimarães, a 29 de março de 1938, e foi ordenado presbítero em 1961, e partiu para Roma, onde ficou até 1967. Cursou Direito Canónico, forma-se na Academia Diplomática e em 1967 é nomeado para a Nunciatura Apostólica do Panamá, onde exerce funções até 1969. A partir desse ano exerce a sua missão diplomática na Guatemala, Vietname, Cambodja, Austrália e México. Depois do atentado ao Papa João Paulo II em Roma, é enviado para Bruxelas onde acompanha a Comunidade Económica Europeia (CEE), e a NATO. Em 1985 é ordenado bispo e enviado como Núncio e Delegado Apostólico para as Caraíbas. No início dos anos 90 é enviado por dois anos para a África do Sul onde inicia importantes relações diplomáticas. Muda-se depois para Madrid onde se estabelece até 2009, ano em que o Papa Bento XVI nomeia-o para a Congregação dos Bispos. Foi feito Cardeal em 2012 e nomeado como secretário do Colégio Cardinalício com o lugar de Penitenciário-Mor da Penitenciaria Apostólica. É membro da Congregação para a Causa dos Santos e do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.


D. MANUEL CLEMENTE

O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, foi criado cardeal 14 de fevereiro de 2015, pelo Papa Francisco. A biografia oficial divulgada pelo Vaticano, nessa data, sublinhava a “presença ativa” do cardeal-patriarca na ação da Igreja Católica nas duas maiores cidades portuguesas.

“Um historiador da Igreja, perito da pastoral nos contextos urbanos ocidentais de antiga tradição católica, necessitados de uma nova evangelização: o cardeal português Manuel José Macário do Nascimento Clemente soube unir o estudo das origens do cristianismo lusitano a um ministério caraterizado por uma presença ativa nas suas maiores cidades do país, Porto e a capital Lisboa”, pode ler-se.

Para além das principais datas da vida do novo cardeal, nascido a 16 de julho de 1948, o documento distribuído aos jornalistas pela Santa Sé assinalava o trabalho na área da História Religiosa e a colaboração com vários meios de comunicação social, incluindo o programa ECCLESIA (RTP2). “Pelo seu compromisso cívico em defesa do diálogo e da tolerância e contra a exclusão social, recebeu distinções e reconhecimentos, entre os quais o Prémio Pessoa de 2009 e a grã-cruz da Ordem de Cristo (2010)”.

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