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EDP. “Não há qualquer renda excessiva”, diz Mexia

02 mai, 2018 - 14:11

Patrão da elétrica garante estar disponível para prestar todos os esclarecimentos sobre o outro processo, que investiga benefícios alegadamente concedidos à empresa por parte do ex-ministro Manuel Pinho.

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O presidente-executivo da EDP, António Mexia, defende que "não há qualquer renda excessiva".

“Estou perfeitamente tranquilo sobre o assunto”, disse, esta quarta-feira, António Mexia, na sua primeira reação à polémica sobre o caso EDP.

“Não há nenhuma renda excessiva - isto ficou claro por entidades independentes. Digo mais uma vez: a Comissão Europeia aprovou todos os assuntos, a legislação foi aprovada no Parlamento em 2004. O seu a seu dono”, afirmou.

Sobre a intenção do Governo de reduzir em mais de 100 milhões de euros a renda paga à EDP, ao abrigo dos polémicos contratos CMEC, o presidente-executivo da elétrica refugiou-se no facto de ainda não ter todos os dados para comentar.

“Iremos comentar assim que tivermos acesso ao documento, que ainda não temos. Mas a questão essencial é esta: tem sido dito às pessoas que existem rendas excessivas, lançando-se uma ideia totalmente errada e agora comprovadamente errada por entidades independentes, quer nacionais quer internacionais”, insistiu.

Quanto ao processo que envolve o antigo ministro da Economia Manuel Pinho e o antigo “patrão” do BES, Ricardo Salgado, António Mexia sublinha que “não tem nada a ver com a EDP” e que, “sobre esta questão, a principal interessada em clarificar o assunto é a própria EDP”.

“Quando se começaram a levantar questões, em 17 de junho, eu escrevi à comissão relevante dizendo estamos totalmente disponíveis, queremos ajudar a clarificar. Por isso, a única coisa que eu faço é outra vez sublinhar a total disponibilidade da EDP”, reforçou.

De acordo com as notícias vindas a público, Manuel Pinho terá recebido mais de um milhão de euros do alegado saco azul do Grupo Espírito Santo (GES) através de uma sociedade offshore, dinheiro com o qual terá comprado um apartamento em Nova Iorque.

O antigo ministro terá mais quatro offshore.

Este processo investiga alegadas vantagens atribuídas à EDP pelo Governo de José Sócrates e pelo então ministro Manuel Pinho.

Ricardo Salgado foi constituído arguido neste caso na última sexta-feira, dia 20.

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  • Jorge
    02 mai, 2018 Seixal 15:34
    A EDP Comercial é a empresa comercializadora de eletricidade e gás natural mais cara em 2018. Não é de estranhar a EDP ser uma das empresas mais caras no mercado, já vai a caminho, ou foi, mais um para o concelho de administração: Luís Amado, ex-banqueiro, ex- presidente do conselho de administração do BANIF, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros num governo do PS. Logo em 2011 contrataram o Eduardo Catroga, ex-ministro das finanças do PSD, para facilitar a venda da EDP aos chineses, António Mexia, presidente, também já foi ministro de um governo PSD, assim como outros tantos que por lá passaram. A energia em Portugal nunca irá ter preços acessíveis enquanto este corrupio continuar. A política da EDP é “comprar” ex-ministros, pagar-lhes centenas de milhares de euros/ano, para os acionistas terem lucros obscenos como aconteceu há uns anos atrás. Até Bruxelas ficou indignada com os mil e cem milhões de euros que a EDP teve de lucro. Está na mão dos portugueses acabar com estes lobbies, andamos há demasiados anos a ser espoliados por meia dúzia de corruptos. Façam como eu, mudem para qualquer outra empresa comercializadora de energia que se adeqúe ao vosso perfil e tenha os preços mais baixos. Quando a EDP começar a ver fugir dezenas ou centenas de milhares de clientes para outras empresas e deixar de ser a empresa dominadora do mercado de energia em Portugal, talvez aquela quadrilha que faz parte do conselho de administração seja corrida pelos chineses, e comecem a praticar preços de acordo com “carteira” dos portugueses.

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