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Sarampo. Confirmados 21 casos

15 mar, 2018 - 20:49

Segundo o último balanço, há 51 casos suspeitos.

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O número de casos de sarampo confirmados em Portugal aumentou para 21 em comparação com os sete reportados na quarta-feira ao final do dia, de acordo com um comunicado da Direção-Geral de Saúde (DGS) divulgado esta quinta-feira.

"Até às 19h00 do dia 15 de março de 2018 foram reportados, na Região Norte, 51 casos suspeitos de sarampo dos quais 45 têm ligação laboral ao Hospital de Santo António, no Porto. Dos 51 casos reportados, 21 foram confirmados laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e nove não têm; os restantes 21 aguardam resultado laboratorial", lê-se num comunicado da DGS, que na quarta-feira declarou a existência de um surto de sarampo em Portugal.

Cinco doentes estão internados, com "situação clínica estável".

Entre os casos confirmados, segundo a DGS, todos os doentes são adultos, mais de metade são mulheres, quatro não estão vacinados, três apresentam "esquema vacinal incompleto", quatro têm "esquema vacinal desconhecido" e 19 são profissionais de saúde.

A maioria dos infetados tem idades compreendidas entre os 20 e os 39 anos.

"Está em curso a investigação epidemiológica detalhada da situação, que inclui a investigação laboratorial de todos os casos", adianta a DGS no comunicado, no qual são renovadas recomendações à população para que se vacine e para contactar o SNS 24 caso tenha tido contacto com casos suspeitos de sarampo ou apresente sintomas como febre, erupção cutânea, conjuntivite, congestão nasal, tosse, evitando, nesse caso, deslocações e o contacto com outras pessoas.

A DGS declarou na quarta-feira "a existência de um surto" de sarampo em Portugal, depois de terem sido confirmados sete casos daquela doença na região Norte do país.

A DGS recomenda que as pessoas verifiquem os boletins de vacinas e que, caso seja necessário, se vacinem contra o sarampo, recordando tratar-se de "uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas".

No caso de pessoas vacinadas, "a doença pode, eventualmente, surgir, mas com um quadro clínico mais ligeiro e menos contagioso".

A DGS aconselha ainda a "quem esteve em contacto com um caso suspeito de sarampo e tem dúvidas" que ligue para a Linha Saúde 24 (número 808 24 24 24).

Deve também ligar para aquela linha quem tiver "sintomas sugestivos de sarampo (febre, erupção cutânea, conjuntivite, congestão nasal, tosse)". Com esses sintomas, a DGS recomenda que "não se desloque e evite o contacto com outros".

O que precisa de saber sobre o sarampo
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  • T
    16 mar, 2018 Leiria 10:05
    Eu acho injusto apontar o dedo à ciência... existem milhões de vírus por aí uns mais perigosos que outros mas todos com características mais ou menos mutantes. Isso quer dizer que o vírus tem uma capacidade de se modificar vemos isso no vírus da gripe e mesmo o vírus da Sida. A ciência tem de facto feito enormes progressos mas, não obstante isso, ainda luta por tentar dar resposta a todas as ameaças para a saúde pública. Em vários países a escolha de não ser vacinado/a está muito em prática (os países do norte por exemplo) se calhar em vez de apontarem tanto o dedo à ciência, olhem um pouco para os padrões migratórios dos últimos anos! Se calhar deveria de haver um pouco mais de controlo de saúde/vacinação nos aeroportos de gente que entra no nosso território vindo de países onde se sabe que este ou aquele vírus estão presentes!
  • B
    15 mar, 2018 PORTUGAL 23:43
    Os problemas devem ser resolvidos na sua origem. Em pleno século 21 a ciência ainda não criou uma estratégia para conseguir combater este e outros vírus por forma a que o homem não seja atingido! Infelizmente não, a ciência não evolui porque nem sequer consegue criar fármacos para viroses!! Apenas continua com o esquema vacinal de origem no tempo dos Afonsinhos!!!!!!
  • A
    15 mar, 2018 PORTUGAL 23:35
    Onde está provado cientificamente que os vacinados podem ter um impacto menor do vírus na saúde? Quando é que a DGS se vai efetivamente preocupar com os movimentos migratórios das pessoas de países de alta probabilidade de aquisição e transmissão do vírus? Porque não respeitar a liberdade democrática das pessoas em tomar a iniciativa de se vacinarem? Onde está a proteção do grupo de profissionais de saúde de diversas doenças? Tanto o sarampo como a gripe são altamente contagiosos. A única problemática serão os casos das pessoas não saudáveis que sejam contaminadas e possam ter complicações gravosas, porque em si o vírus não mata. Como é que o surto do sarampo tem vindo a surgir se desde 2015 à data o número de pessoas vacinadas aumentou?

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