01 mar, 2018 - 16:54 • Henrique Cunha
Mais de 1.500 entidades do Porto ainda não se registaram para avançar com a cobrança da taxa turística.
No dia em que a taxa começa a ser cobrada, o vereador do pelouro da Economia e Turismo, Ricardo Valente, reconhece, em declarações à Renascença, que o registo obrigatório para a cobrança da taxa ainda não foi feito por um número significativo de entidades: "De facto, temos ainda um défice de registos. Temos perto de 3.400 entidades registadas para um universo que andará à volta das 5.100."
"O registo é obrigatório para se cobrar a taxa. Portanto, quem não está registado não pode cobrar e estará a incorrer numa penalização", lembra o autarca.
Ricardo Valente contesta a ideia de que a taxa turística possa prejudicar o turismo da região, lembrando que grande parte dos destinos europeus já recorre a este tipo de expediente.
"Grande parte dos destinos europeus e das cidades europeias já tem taxa turística. Parece ser algo de inexorável, do ponto de vista de tendência. Não me parece que isso possa ir dar cabo da 'galinha dos ovos de oiro'. Repare que, aqui ao lado, Gaia, a partir de Abril, também vai ter uma taxa turística de dois euros."
"Temos que ver o turismo como algo muito positivo. O Porto deve muito ao turismo, mas também temos que não meter a cabeça na areia. A taxa turística ajuda a resolver os problemas da pressão da taxa turística na cidade. Estamos a garantir a sustentabilidade e o equilíbrio de longo prazo do ponto de vista da cidade do Porto", reforça Ricardo Valente.
O vereador garante que a única objecção dos operadores respeita ao destino que a autarquia pretende dar à taxa de dois euros: " A nossa taxa turística tem um objetivo muito claro: a mitigação da pegada turística. Angariar uma receita que permita redução a pegada. Acredito que, do lado dos hoteleiros, a sua crítica esteja ligada ao facto de não usarmos a taxa na concretização de novos projectos turísticos, à semelhança do que fizeram outros municípios."