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Portugal volta a estar representado ao mais alto nível da diplomacia da Igreja

26 fev, 2018 - 18:52 • Filipe d'Avillez

José Avelino Bettencourt é só o segundo português a ocupar o cargo de núncio apostólico, ou embaixador, da Santa Sé. Ordenação episcopal coincide com o quinto aniversário da inauguração do pontificado de Francisco.

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Nove anos depois de o agora cardeal Manuel Monteiro de Castro ter deixado de ser núncio apostólico, Portugal vai novamente estar representado ao mais alto nível da diplomacia do Vaticano.

José Avelino Bettencourt era até agora um dos responsáveis pelo protocolo da Santa Sé. A partir do dia 19 de Março o padre nascido nos Açores, mas ordenado no Canadá, para onde foi viver com apenas três anos, será ordenado bispo e entra ao serviço do Papa como embaixador, ou núncio apostólico.

A nova missão do padre José Bettencourt ainda não é pública, mas o sacerdote mostra-se contente pelo facto de a sua ordenação episcopal coincidir com o quinto aniversário da inauguração do pontificado do Papa Francisco, uma data que é duplamente importante para ele.

“O dia 19 de Março e a solenidade de São José. É um dia muito bonito, é o quinto aniversário da inauguração do Papa Francisco e ele quis que fosse nessa data. O Papa Francisco tem uma grande devoção a São José, talvez saibam que ele tem uma imagem de São José adormecido numa das suas cómodas, debaixo da qual coloca várias intenções que lhe são pedidas. Ele tem uma enorme devoção a São José e quis que este santo fosse também um modelo para os novos bispos que vai consagrar.”

E que intenção colocaria debaixo do São José adormecido, caso pudesse? “Antes de tudo, também é o meu padroeiro! Eu pedia a sua intercessão para poder seguir o seu modelo de pai, de guia, de estar atento aos sinais de Deus, que o levaram a fugir com o menino para o Egipto e apresentar o menino no templo. É um modelo lindo e creio que o Papa está a indicar este modelo como importante para os bispos e é nesse sentido que me aproximo desse sinal que o Papa está a mostrar”, diz.

Sobre a missão que lhe estará confiada, o novo núncio nada pode dizer ainda, mas recorda que antes do protocolo ou da diplomacia, há outra missão que lhe está confiada. “Eu gosto de recordar a mim mesmo que sou primeiro, e sobretudo, um sacerdote. Como os outros sacerdotes e com a mesma missão dos outros sacerdotes. A Igreja chamou-me para uma missão particular, que sempre procurei abraçar, e de servir o máximo possível”, diz.

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