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Companhia Nacional de Bailado estreia coreografia de Tânia Carvalho

22 fev, 2018 - 06:45

Intitulada "S", a nova peça, que se estreia às 21h00, no Teatro Camões, em Lisboa.

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As sapatilhas de pontas estão no centro da nova peça coreográfica de Tânia Carvalho, criada para a Companhia Nacional de Bailado, que se estreia esta quinta-feira, em Lisboa, no âmbito de um ciclo sobre os 20 anos de carreira da coreógrafa.

Intitulada "S", a nova peça, que se estreia às 21h00, no Teatro Camões, tem coreografia e figurinos de Tânia Carvalho, música de Diogo Alvim, desenho para tela de Rui Vasconcelos, desenho de luz de Mafalda Oliveira e Tânia Carvalho, e interpretação de bailarinos da CNB.

A peça - na qual surge uma mistura de símbolos, como a sapatilha - terá interpretação musical da Orquestra Sinfónica Portuguesa, com direção musical de Nuno Coelho Silva, o mais recente vencedor do concurso internacional de maestros de Cadaqués.

Esta nova criação assenta no percurso e desenvolvimento da sapatilha de ponta, numa homenagem a Marie Taglioni (1804-1884), a primeira bailarina a utilizar este objeto em cena, em 1832, em "La Sylphide", de onde se inspira o título.

Indispensável à vida de uma bailarina clássica, a sapatilha de ponta surgiu no século XIX e, ao longo dos tempos, tem sido transformada, adaptada e aperfeiçoada, no que diz respeito à sua estrutura e materiais utilizados.

Não se tratando de uma homenagem formal a Marie Taglioni, a nova criação é sobretudo "uma abordagem sobre um objeto que, não obstante o seu desenvolvimento, a essência da sua criação continua a prevalecer e a estar implícita", assinala a CNB, num texto sobre a obra.

Para apresentar na CNB, até ao dia 4 de março, em programas diferentes, Tânia Carvalho - que trabalha pela primeira vez com a companhia - também remonta duas das suas peças para o repertório: "Olhos Caídos", de 2010, e "A Tecedura do Caos", de 2014, ambas estreadas na Bienal de Dança de Lyon.

Iniciado a 19 de janeiro, o ciclo sobre os vinte anos do universo criativo da coreógrafa Tânia Carvalho, que cruza a dança, a pintura e o cinema, envolveu ainda os teatros municipais Maria Matos e São Luiz, que se associaram ao aniversário para apresentar um programa multidisciplinar.

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