02 fev, 2018 - 01:35
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) defende a criação de zonas prioritárias para a limpeza das florestas, em alternativa à proposta do Governo.
A ideia foi transmitida, não só, numa reunião no Ministério da Administração Interna, como também na audição parlamentar do presidente da ANMP, Manuel Machado, na comissão parlamentar de Ambiente e Ordenamento do Território.
Manuel Machado mantém que o prazo estabelecido para as autarquias limparem as florestas não é exequível, pelo que a solução passará pela identificação de zonas de atuação prioritária.
“Existem dados que permitem avaliar o risco que se perceciona que vai acontecer no próximo verão. Então, o que nós defendemos é que, sabendo-se que não é possível fazer tudo aquilo que não foi feito durante décadas, o ajustado é estabelecer prioridades quer no território quer em termos de intervenção porque não há tempo até março/abril de fazer o que é preciso fazer”, disse Machado.
Nestas declarações à Renascença, o presidente da ANMP sublinha que o ministro da Administração Interna foi sensível às preocupações das autarquias no que respeita aos prazos para a intervenção nas florestas.
“Em 30/45 dias não é exequível ter os meios humanos, financeiros, materiais, de planeamento. O senhor ministro mostrou-se aberto a considerar isso nas próximas propostas legislativas na Assembleia da República ou do próprio Governo”, acrescenta Manuel Machado.