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"Ranking" de paraísos fiscais. Madeira em 64.º lugar como “operador pequeno”

31 jan, 2018 - 09:09

ONG Rede de Justiça Fiscal elaborou lista com 112 Estados.

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Portugal aparece na classificação de paraísos fiscais criada pela Organização Não-Governamental (ONG) Rede de Justiça Fiscal (TJN, na sigla em inglês), através da Madeira, em 64 º lugar, entre 112 Estados.

Com uma pontuação de 55%, a Madeira surge mais perto do extremo 'moderadamente secreto', correspondente ao intervalo 31-40%, do que do 'excecionalmente secreto' (91-100%), segundo o site daquela ONG, que dedica uma página inteira ao arquipélago.

Na ficha relativa aos serviços financeiros 'offshore' da Madeira, menciona-se que o peso desta é inferior a 1% do mercado global destes serviços, o que a torna um "operador pequeno", segundo avança a agência Lusa.

A ONG adiantou que a sua informação é baseada em várias fontes de informação - notícias, legislação, regulação, relatórios - disponíveis em 30 de Setembro último.

Dos 20 indicadores usados para construir o índice, a Madeira tem as piores classificações em itens relacionados com a transparência legal relativa à entidade em causa - propriedade, contas e taxa de imposto paga - e com o registo de propriedade, designadamente limitada cooperação internacional e posse de outros ativos.

O Índice de Segredo Financeiro ordena jurisdições segundo o grau do seu segredo e a escala das suas actividades 'offshore'.

Esta ONG apontou que quantia de dinheiro que circula anualmente desta forma encapotada está algures no intervalo entre um bilião e 1,6 biliões de dólares. Por comparação, a ajuda externa dos EUA fica-se pelos 135 mil milhões de dólares.

Portugal é apontado expressamente como um dos perdedores com este fenómeno. Nas palavras da TJN: "Os países ricos também sofrem. Por exemplo, países europeus, como Grécia, Itália e Portugal foram postos de joelhos, em parte por décadas de evasão fiscal e pilhagem de recursos estatais, devido ao segredo dos 'offshores'".

Pode consultar aqui o site.

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