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Só paga mais electricidade quem quer, diz secretário de Estado

29 dez, 2017 - 09:47

Preço da energia desce no mercado regulado, mas a EDP comercial aumenta. À Renascença, Jorge Seguro Sanches diz aos consumidores: "Se quiserem voltar ao mercado regulado, a partir de dia 1 de Janeiro podem fazê-lo".

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Com mudanças anunciadas para o preço da energia, só paga mais quem quer, diz o secretário de Estado da Energia.

O novo ano traz, como de costume, aumentos de preços de vários bens e serviços. Mas este ano há uma polémica associada ao preço da electricidade, com o preço a descer para os clientes que se mantiveram no mercado regulado, onde as tarifas baixam em média 0,2%, mas no regime livre a EDP Comercial anunciou um aumento de 2,5%.

À Renascença, Jorge Seguro Sanches recorda que a partir de Janeiro os consumidores podem regressar ao mercado regulado, se concluírem que o preço é mais vantajoso.

“O mercado regulado vai ter uma descida do preço da energia de 0,2% e de 4,4% nas tarifas de acesso, ao mesmo tempo que abatemos na dívida tarifária mais de 700 milhões de euros”, explica.

“No mercado liberalizado a EDP Comercial determinou um aumento. Pode fazê-lo, mas os consumidores podem dizer-lhes que não. Porque desde este ano o Governo aprovou, na sequência de uma lei da Assembleia da República, a possibilidade dos consumidores poderem voltar ao mercado regulado. Portanto os consumidores portugueses estão protegidos, podem mudar e escolher a tarifa que for mais barata, se for esse o caso.”

Em declarações feitas esta manhã na Renascença, o secretário de Estado da Energia recorda que os consumidores têm à sua disposição na internet uma ferramenta que permite comparar os preços oferecidos pelas várias empresas que fornecem energia e, até, iniciar o processo de mudança de operador. “Faz duas coisas, não só compara mais de 250 tarifas que estão presentes no mercado em Portugal, mas também pode iniciar o processo de mudança.”

“Aquilo que recomendo a todos os consumidores, é que vejam qual é a empresa e o tipo de tarifa que é mais barato. E podem ter a certeza de uma coisa, que se quiserem voltar ao mercado regulado, a partir de dia 1 de Janeiro podem fazê-lo”, diz.

Ainda assim, caso não queiram recorrer a este sistema, os consumidores podem simplesmente dizer à empresa que fornece a energia que querem mudar. E assim, considera Jorge Seguro Sanches, fica garantido um verdadeiro sistema de escolha. “Espero que funcione e que venha a funcionar, nomeadamente com a possibilidade de os consumidores poderem escolher todas as opções é a prova de que os consumidores têm a oportunidade, com informação, de terem melhores resultados para as suas carteiras, para as suas opções.”

“Esta medida de poder voltar ao mercado regulado é defendida desde sempre pelo Governo, que entende que os consumidores devem ter todas as opções de poderem escolher a melhor oferta e não devem ser inibidos de ter qualquer tarifa.”

O secretário e Estado garante também, nestas declarações à Renascença, que o sistema regulado não vai acabar na União Europeia, argumento que foi usado para acabar com o sistema no nosso país.

Comentários
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  • Filipe
    29 dez, 2017 évora 22:05
    Claro , eles até enviam a proposta informando se quiser anular o contrato por justa causa , pode . Sendo assim , todos a gerador ! Faz lembrar aquela dos bancos em que as pessoas sem dinheiro o pedem para comprar casa e ao fim de um tempo , começam a enviar cartas com aumentos e taxas , mas sempre se a pessoa aceitar , pode anular o contrato . De repente até tem logo os euros em 14 dias para amortizar e mandar passear o banco . Isto revela a fraqueza do Estado que entregou os bens primários a bandidos !
  • JOAQUIM GONÇALVES TR
    29 dez, 2017 PONTÉVEL 20:19
    Não passa de uma trapalhada par confundir as pessoas já recebi a carta com a informação de aumento,conclusão o governo mais uma vez consegue acabar com esta injustiça do preço da energia das mias altas da união Europeia os LOBIS continuam a dominar neste País em deficuldades.
  • Armindo Matos
    29 dez, 2017 19:35
    Sr Secretário de Estado, quer mesmo baixar o preço da factura que os Portuguesa pagam? quer mesmo? então proponha ao sei colega das Finanças que volte baixe o Iva de 23% para 6% como era até 2013; só aqui mamam 17% e vem para aqui com vangloriar-se com muita pena dos Portugueses, deve julgar que somos todos parvos, deve ser também das seitas partidárias que nunca fizerem nada.
  • 29 dez, 2017 aldeia 19:12
    pagamos a electricidade muito caro porque pagamas taxas,mais taxinhas,mais IVA a 23% pagamos o que o Estado dá á EDP dos chineses para os gestores,administradores e mais uma corja de gulosos poderem viver á grande e gozarem-nos no fim com os milhões de lucro,os políticos como nada fazem para o povo,(veja-se as alterações á lei dos partidos),veja-se o PCP e BE ,porque não lutam para que pelo menos o IVA baixasse? Não seria justo?
  • D. Urraca
    29 dez, 2017 Patolândia 18:14
    Ó Sanches, que Sancho me saíste!!!
  • Jose ferreira
    29 dez, 2017 Peso da Régua 18:02
    Gostava de saber os preços da energia. Numa e na outra so assim saberei escolher. Agora com estas converssas nao se consegue saber. K a A é máis barato k a B
  • F Soares
    29 dez, 2017 A da Gorda 16:30
    José, o problema não esta nas que citou mas nas outras ! Nota a ERSE não é distribuidor. É o Regulador !
  • José
    29 dez, 2017 Oeiras 16:09
    O Sr. Secretário de Estado sabe que a suposta concorrência na electricidade é uma vigarice completa e por favor não faça de nós parvos. Não existe qualquer concorrência neste sector! Alguém inventou isto para dar dinheiro a uns tantos e os consumidores não têm outra alternativa senão pagar e não estrebucham. e o que pagam é sempre mais do que teriam numa solução de único fornecedor , desde que controlada devidamente a prestação pelo governo. Basta a ver a enorme multidão de administradores nas diversas empresas que foram constituídas (EDP, REN, ERSE, etc) pagas pelos consumidores e contribuintes....
  • jotex
    29 dez, 2017 Cascais 15:47
    QUE GRANDE MENTIRA, AS ELÉCTRICAS ESTÃO TODAS CARTELIZADAS! as diferenças (se existirem) são cêntimos! O Sr. secretário (adepto do xuxalismo), para falar assim deve pensar que a população é toda atrasada mental...
  • Horacio
    29 dez, 2017 Lisboa 15:44
    Aqui vai um aviso nos estados unidos fizeram a mesma coisa em alguns estados e quem escolheu mudar para as empresas mais "baratas" acabou por pagar bem mais.e teve dificuldades para sair e voltar a companhia inicial. As companhias ligavam constantmente a prometer precos mais baixos, mas logo subiram muito acima do outro. Desconfio que vai succeder o mesmo aqui. Nada disto e bom para o consumidor. Abram o olho, esperem alguns meses e vejam o resultado vejam o que vai acontecer aos mudaram logo.

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