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Mensagem de Natal. Cardeal patriarca deixa alerta contra a eutanásia

24 dez, 2017 - 20:36 • Ângela Roque

D. Manuel Clemente pede que não se esqueçam os idosos, de quem se deve cuidar para que tenham uma “velhice que seja plenitude” e sublinha a solidariedade que acompanhou as tragédias dos incêndios.

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Patriarca deixa alerta contra a eutanásia na sua mensagem de Natal
Patriarca deixa alerta contra a eutanásia na sua mensagem de Natal

O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, deixa um alerta contra a eutanásia na sua mensagem de Natal, precisamente em vésperas de um 2018 em que o assunto deverá regressar à agenda política nacional.

“Temos que reforçar a atenção àqueles que entre nós já vão prolongando os anos, para que tenham uma velhice que seja plenitude, uma velhice que não seja definhamento, mas que seja plenitude na companhia, na convivência, em que nos tenham mais por perto”, afirma D. Manuel Clemente, lembrando que nas intenções de oração do Papa para este mês de Dezembro estão, precisamente, os idosos.

O Patriarca cita, ainda, Francisco quando afirma que “uma sociedade que cuida dos seus idosos, cuida do seu futuro”, porque “sem a memória viva que eles representam, sem essa sabedoria que eles acumularam, sem esse saber de experiência feito que eles significam, nós também não temos um futuro digno”. E acrescenta: “Por isso devemos acompanhá-los”.

“Mesmo quando a vida definha e precisa de especiais cuidados, aí devemos estar nós, sem eutanásia, mas também sem encarniçamento terapêutico, porque em todos e em cada um é a vida que acontece, e nós devemos estar lá”, sublinha.

A tragédia dos fogos florestais não foi esquecida pelo cardeal patriarca de Lisboa que na sua mensagem lembra que entre os mais afectados estão muitas pessoas idosas, que viviam “praticamente sós”, em lugares “muito isolados” e “afastados dos socorros imediatos”.

O cardeal elogia, ainda, a “solidariedade reforçada” de todos os que, face à tragédia dos incêndios, “ali estiveram presentes de uma maneira ou de outra, com apoios materiais, com presenças físicas, com ajudas concretas”. Uma solidariedade que não abrandou, pelo contrário, “ainda está viva para aquilo que for preciso fazer”, diz, considerando que “com tudo isto havemos de nos reconstruir como país, e como país melhor, mais solidário, mais igual, num bem comum que realmente o seja, em que ninguém fique de fora”.

Comentários
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  • Vera
    26 dez, 2017 Palmela 11:12
    Obrigada Sr. Cardeal, pelas suas dignas palavras! Que o ano de 2018 seja um ano Bom para todos nós! que seja um ano de reflexão! um ano ajustado para todos os portugueses.
  • Vera
    26 dez, 2017 Palmela 11:00
    você aí de Évora, com a seringa espetada em ideias desajustadas, devia era estar calado para não lembrar coisas! já não é a primeira vez... olhe, se sabe de coisas, diga logo o que tem a dizer! ou se inventa, veja lá, é que Deus às vezes tarda, mas não falha...
  • João Lopes
    25 dez, 2017 Viseu 10:47
    A eutanásia ofende o principal direito humano que é o direito à vida! A eutanásia e o suicídio assistido são diferentes formas de matar. Os médicos e os enfermeiros existem para defen-der a vida humana em todas as circunstâncias e não para matar, nem ser cúmplices do crime de outros.
  • Filipe
    25 dez, 2017 évora 03:38
    ...como se já não existisse não tem é esse nome declarado legal em Diário da República , mas de vez em quando lá espetam a seringa no soro ...
  • 24 dez, 2017 23:05
    muito discreto!

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