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Raríssimas. Vieira da Silva vai ao Parlamento segunda-feira

14 dez, 2017 - 14:46

PSD queria audição já esta semana, considerando que o Governo "não pode ir de fim-de-semana" sob "este manto de suspeição".

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O ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, vai ao Parlamento na segunda-feira, às 15h30, para dar explicações sobre o caso Raríssimas, confirmou a Renascença.

A comissão de Trabalho e Segurança Social aprovou na quarta-feira por unanimidade um requerimento do PS para que o ministro Vieira da Silva preste esclarecimentos sobre o caso relativo a suspeitas de gestão danosa na associação Raríssimas, mas não ficou então marcada uma data para a audição.

O ministro foi vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas, entre 2013 e 2015, e chegou a aprovar contas da instituição que apoia crianças com deficiências e doenças raras e que agora está envolvida numa polémica sobre alegado uso indevido de fundos.

Vieira da Silva garantiu, na quarta-feira, que está de "consciência tranquila" e disponível para prestar todos os esclarecimentos.

O PSD exigiu que a audição de Vieira da Silva acontecesse até sexta-feira, considerando que o Governo “não pode ir de fim-de-semana” sob “este manto de suspeição”.

Para o PSD, é “a dignidade das instituições e do próprio Governo” que exige que o Vieira da Silva possa “tão rápido quanto possível” prestar esclarecimentos ao Parlamento.

“A situação que envolve uma instituição com um trabalho absolutamente meritório criou uma onda geral de indignação que não pode perpetuar-se sob pena de alastrar a todo o sector social”, alertou.

Várias instituições de solidariedade social, como o Banco Alimentar, a Cáritas e a Liga Portuguesa contra o Cancro, admitem que o caso cria "desconfiança" nestas entidades.

Uma reportagem emitida pela TVI no sábado denunciou o alegado uso, pela presidente, de dinheiro da associação de ajuda a pessoas com doenças raras, a Raríssimas, para fins pessoais.

Na reportagem era também adiantado que o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, foi contratado entre 2013 e 2014 pela associação Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

Paula Brito e Costa e Manuel Delgado anunciaram na terça-feira que se demitiam dos respectivos cargos.

Esta quinta-feira, os trabalhadores da Raríssimas avisaram que a associação está em risco de fechar por falta de acesso às contas bancárias e apelaram ao primeiro-ministro para que envie uma direcção idónea para permitir o funcionamento. O Presidente da República revelou, depois, que o Governo já "mandou uma equipa para garantir o funcionamento da Raríssimas".

Na quarta-feira, elementos da Inspecção-geral do Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social estiveram na Associação Raríssimas para dar início à inspecção na instituição.

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