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Mais de 10 mil pessoas pedem demissão da presidente da Raríssimas

12 dez, 2017 - 10:58

Delegação do Centro já pediu a convocação de uma assembleia geral para deliberar sobre a destituição da presidente.

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A petição pública que pede a "demissão imediata" da presidente da associação Raríssimas já ultrapassa as 10 mil assinaturas. O número é atingido apenas um dia depois de a petição ter sido criada, na sequência das denúncias de alegadas irregularidades na gestão financeira da instituição.

A petição, dirigida ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e ao primeiro-ministro, considera "inadmissível" que Paula Brito e Costa "continue a desempenhar funções até que sejam averiguadas todas as provas expostas na reportagem" da TVI.

Os autores do documento pedem que a "justiça seja feita perante todos os funcionários da instituição e principalmente pelos seus doentes".

No sábado, a TVI divulgou uma reportagem sobre a gestão da associação Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, financiada por subsídios do Estado e donativos.

A investigação mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da sua presidente, Paula Brito e Costa, que terá usado o dinheiro em compra de vestidos e vários gastos pessoais.

Na segunda-feira, a Procuradoria-geral da República (PGR) informou que o Ministério Público está a investigar a Raríssimas, após uma denúncia anónima relativa a alegadas irregularidades e ao uso indevido de dinheiros da associação pela sua presidente.

No mesmo dia, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que vai "avaliar a situação" da Raríssimas e "agir em conformidade".

Antes da posição do Ministério, a direcção da associação divulgou um comunicado na rede social Facebook, no qual diz que as acusações apresentadas na reportagem são "insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada", afirmando que as despesas da presidente em representação da associação estão registadas "contabilisticamente e auditadas, tendo sido aprovadas por todos os órgãos da direção".

A direcção destaca ainda que, "contrariamente ao que foi dito na reportagem, não está em causa a sustentabilidade financeira" da associação.

Quanto aos valores de vencimentos que a reportagem mostra, diz a Raríssimas que "foram artificialmente inflacionados" e que os ordenados que paga se baseiam na "tabela salarial definida pela CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social".

Delegação do Centro convoca assembleia geral

A delegação Centro da Raríssimas requereu, na segunda-feira, a convocação de uma assembleia geral para deliberar sobre a destituição da presidente, após as denúncias de irregularidades.

O pedido é feito em comunicado pela vogal da direcção e delegada da Delegação Centro da Raríssimas, Marta Balula, ao presidente da mesa da Assembleia Geral da Raríssimas, Paulo Olavo Cunha.

"Na sequência das notícias vindas a público nos últimos dias, dando conta da prática de actos de gestão, pela presidente da direcção da Raríssimas, nos quais não tive qualquer intervenção em termos decisórios e que, caso venham a ser confirmados no âmbito dos inquéritos pendentes, se afiguram gravemente lesivos dos direitos dos associados, dos utentes e da imagem da nossa associação, entendo ser tão urgente quão imperiosa a convocação de uma assembleia geral extraordinária tendente a deliberar sobre a destituição" de Paula Brito e Costa, é referido na nota.

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  • ANA PAULA CABRITA
    19 dez, 2017 ALJEZUR 11:12
    As manobras dilatórias da excelentíssima senhora presidente de não querer abandonar o cargo, faz-me lembrar uma outra senhora de nome Grace Mugabe. Concluo assim que vivemos num ambiente terceiro mundista... e continuaremos neste forrobodó por muitos longos séculos.
  • CARLOS MANUEL DIAS G
    14 dez, 2017 ALMADA 14:54
    Eu assinei por baixo. Demissão imediata. Verbas repostas de imediato á instituição . Prisão efectiva . Mas não no Brasil .
  • cARLA sILVA
    12 dez, 2017 LISBOA 15:53
    ""Na sequência das notícias vindas a público nos últimos dias, dando conta da prática de actos de gestão, pela presidente da direcção da Raríssimas, nos quais não tive qualquer intervenção em termos decisórios" AHAHAHAH!AHAHAHAHAH, AGORA NÃO TEV QUALQUER INTERVENÇÃO! AHAHAHAH!
  • Maria do Carmo Pinto
    12 dez, 2017 Lisboa 15:22
    Exmos. Senhores Tudo isto é verdade, mas porque é não publicam a Auditoria à Cáritas Portuguesa de 2003/2004 onde descobriram as grandes falcatruas do Sr. Eugénio da Fonseca? Os senhores têm dois pesos e duas medidas, em casa comem carne, mas ao povo mandam-no comer peixe à sexta feira a pagar o dizimo. Antes de publicarem e bem os escândalos das IPSS da sociedade civil, publiquem aquelas onde os senhores chafurdam à grande. Porque razões o Bispo de Setúbal correu com esse cavalheiro da Cáritas Diocesana? Maria do Carmo
  • Fausto
    12 dez, 2017 Lisboa 15:10
    Que tipo de sanções...é que está gente...sofre...que não compense...o que sacaram...
  • couto machado
    12 dez, 2017 Porto 14:47
    Só agora é que a imprensa dá a conhecer ao mundo, a existência da Raríssimas. E pelo piores motivos, pelo que se depreende que a Instituição foi criada para oferecer mordomias à senhora Presidenta. Revelam-se custos e não se revelam benefícios. Revelam-se documentos de despesas da Instituição, sem que tenha havido autorização para tal. Resumindo: como há muito (pastel) dinheiro em jogo, são sete cães a um osso, a ver se abarbatam um lugarzinho. É um comportamento típico dos portugas . Depois há mais de 10 000 pedidos de exoneração da chefe.
  • maria
    12 dez, 2017 Setúbal 14:46
    Não só rua, devolva tudo o que roubou, que pague com o que roubou e justiça seja feita
  • jccrc
    12 dez, 2017 Lamego 14:29
    É por estas e por outras que já não contribuo financeiramente para este tipo de instituições, que apenas servem os interesses pessoais de muita gente
  • Eborense
    12 dez, 2017 Évora 13:41
    Deixem a Dr.(a) em paz, porque ela é manequim, gira e saloia. Pedem a demissão da Sr.(a) e não pedem a demissão do Sr. Ministro? Na verdade, o Ministro, tal como todos os outros Ministros, nunca sabem de nada e por isso, também nunca têm culpa de nada.
  • António dos Santos
    12 dez, 2017 Coimbra 13:19
    Esta gaja deve ser demitida de imediato, bem como, o marido e o filho. Caso se venha a confirmar as irregularidades, devem serem confiscados todos os bens a ela. ao marido e ao filho. E os mesmos, se o que for confiscado, não der para pagar o roubo, devem prestar serviço comunitário de limpeza, na instituição. PEÇO QUE DESTA VEZ NÃO SEJA CENSURADO. POIS EU ASSUMO A RESPONSABILIDADE DO QUE ESCREVO.

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